Hoje sai correndo pela chuva, não queria me molhar! Eu gosto da sensação da água caindo sobre mim e lavando a alma de poeta inquieto! Mas, hoje, não podia me molhar! Não queria deixar a chuva para trás, mas ela caiu antes que pudesse sorrir e abraçá-la! Antes que estivesse pronto para senti-la.
A gente se vê no próximo verão!
O que está acontecendo?
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Farofa no Ventilador
on 18 dezembro, 2007
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Devo ter ficado em casa ou ter sido abduzida... talvez a série não tenha feito bem, ou "Morangos Mofados". Como não consegui transferir para o Fax? era tão simples. Se tem algo que me deixa pensativa um dia inteiro é fazer o papel de ignorante, mas de fato acordei ignorando tudo. Comi pão dormido quando queria ter ido à padaria. Calcei sandália quando queria ter vindo trabalhar de tênis. Não sei o que eu mudei na minha trajetória; só sei que não está me fazendo bem. Estava pensando até em ir almoçar mais cedo, só que o receio de mexer mais na vida é apavorante. Tive sonhos tão estranhos... Preciso me concentrar. Por um momento pensei que era quinta-feira, mas é terça.
Ano passado tive uma crise psicótica na mesma época. Quero ano NOVO! Nunca esperei tão ansiosamente pelo carnaval...
Ano passado tive uma crise psicótica na mesma época. Quero ano NOVO! Nunca esperei tão ansiosamente pelo carnaval...
O outro lado
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Farofa no Ventilador
on 13 dezembro, 2007
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Enquanto o boêmio vai para casa, tropeçando na roupa amassada, a menina do perfume doce e unhas roídas dorme tranquilamente! Ela está sonhando com o homem que viu no ônibus de manhã quando ia trabalhar!
O velho poeta sonha.
O velho poeta sonha.
Boemia
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Farofa no Ventilador
on 01 dezembro, 2007
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Depois de mais uma noite de boemia, o velho amante latino chegou com a camisa desabotoada, pra fora das calças já batidas pelas madrugadas da cidade. Depois de não resistir e regar a roseira do vizinho, conseguiu chegar a porta de casa. Enfiou a mão no bolso, mais um telefone pra velha lista deixada no canto da casa. O cheiro de cigarro e perfume barato era forte, mas havia um doce aroma em suas mãos. Ela era uma bela mulher, casaria com ela, não fosse a mania de roer as unhas. Todas tinham manias que desagradavam, mas serviam para uma noite romântica, cheia de promessas, até que amanhecia, beijo na testa e até breve!
Não achava as chaves de casa, isso sim o preocupava, lá dentro era seu mundo, aquela velha foto estava lá!!! Ufa, estava lá...
Jogou-se no sofá, ligou o rádio e adormeceu sonhando com a foto! Essa sim, não tinha manias. Aliás, tinha, mas eram lindas e não o perturbavam! Ele gosta daquela foto! Até um boêmio sabe amar, de forma diferente, talvez mais intensa e sincera! Mas sabe amar...
Não achava as chaves de casa, isso sim o preocupava, lá dentro era seu mundo, aquela velha foto estava lá!!! Ufa, estava lá...
Jogou-se no sofá, ligou o rádio e adormeceu sonhando com a foto! Essa sim, não tinha manias. Aliás, tinha, mas eram lindas e não o perturbavam! Ele gosta daquela foto! Até um boêmio sabe amar, de forma diferente, talvez mais intensa e sincera! Mas sabe amar...
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Farofa no Ventilador
on 26 novembro, 2007
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Achei que tivesse esquecido a chave. Se a tivesse esquecido, ficaria do lado de fora até não suportar mais a solidão, mas por sorte a chave estava comigo e eu pude entrar.
Agora estou com uma dúvida: o que é real e o que eu projeto?
Entrei para procurar a resposta. Tinha uma certeza de que a encontraria aqui deste lado. Só que a resposta está dentro de mim e não consigo arrancá-la; ninguém consegue.
Estou andando em círculos, tentando voltar pro eixo. Mas, sabe aquela força... então, não me deixa. Não é uma crise; deve ser só um período de transição, como um romântico que vira realista...
Agora estou com uma dúvida: o que é real e o que eu projeto?
Entrei para procurar a resposta. Tinha uma certeza de que a encontraria aqui deste lado. Só que a resposta está dentro de mim e não consigo arrancá-la; ninguém consegue.
Estou andando em círculos, tentando voltar pro eixo. Mas, sabe aquela força... então, não me deixa. Não é uma crise; deve ser só um período de transição, como um romântico que vira realista...
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Farofa no Ventilador
on 13 outubro, 2007
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Hora de pedir desculpa pela ausência. Parece que ando deixando a correria tomar conta dessa minha vida, que nem sei mais porque corre tanto, e teima tanto em ser assim. Parece que o tempo parou, mesmo que ele não me espere. Será que fui eu quem parou?
Mais uma dose.
Já não sei qual dose, se de tédio, nostalgia, risos, sorrisos e puff!
- Mais uma, por favor!
Já não escrevo, seria preguiça? Ou vontade de não entender o que se passa? Só sei que sinto saudade daquele cheiro de calmaria e filmes de domingo a noite!
- Opaaa! Saudades de você! E de você também!
- Vê se me liga, joga a chave pro alto, pára de descer a velha escadaria! Desliga essa música, eu tô compondo uma nova pra você!
Mais uma dose.
Já não sei qual dose, se de tédio, nostalgia, risos, sorrisos e puff!
- Mais uma, por favor!
Já não escrevo, seria preguiça? Ou vontade de não entender o que se passa? Só sei que sinto saudade daquele cheiro de calmaria e filmes de domingo a noite!
- Opaaa! Saudades de você! E de você também!
- Vê se me liga, joga a chave pro alto, pára de descer a velha escadaria! Desliga essa música, eu tô compondo uma nova pra você!
Sem pressuposto
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Farofa no Ventilador
on 04 outubro, 2007
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"Tô" realmente cansada. Fazia uns dias que não me sentia assim, mas acho que suportei enquanto pude.
Não fico mais preocupada quando me sinto assim. Simplesmente faço as coisas mais devagar, sem pensar muito se há um sentido ou não.
Vou completar mais um ano de vida com a sensação de ter vivido muito mais. Refleti demais, chorei, dancei pouco, me odiei, valorizei os líquidos e os sólidos. Assumi que sou complicada e que posso fazer muito mal a mim mesma.
Enfim, "tô" aprendendo comigo a ser eu mesma. Talvez esta seja a maior lição da minha vida. Talvez eu esteja perdendo o meu tempo. Acho que a fonte esgotou e preciso me movimentar.
Não fico mais preocupada quando me sinto assim. Simplesmente faço as coisas mais devagar, sem pensar muito se há um sentido ou não.
Vou completar mais um ano de vida com a sensação de ter vivido muito mais. Refleti demais, chorei, dancei pouco, me odiei, valorizei os líquidos e os sólidos. Assumi que sou complicada e que posso fazer muito mal a mim mesma.
Enfim, "tô" aprendendo comigo a ser eu mesma. Talvez esta seja a maior lição da minha vida. Talvez eu esteja perdendo o meu tempo. Acho que a fonte esgotou e preciso me movimentar.
A gente é feliz e sabe disso
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Farofa no Ventilador
on 12 setembro, 2007
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A gente é feliz e sabe disso. Depois de visitar o orkut de uma amiga, esse pensamento vem me acompanhanho.
Sim, a gente é feliz porque acredita na mudança. Somos a própria mudança, no discurso, no modo de agir, de falar, de nos vestirmos, de amar.
O que não muda fica fora de moda. Se não muda, não sonha.
A gente é feliz pelo simples fato de reconhecer o que é realmente belo, ao natural e na futilidade também.
Mudamos para nos adaptar, quando nos convém. Porque muita coisa não nos agrada. E o que não é agradável descartamos. Porque quinquilharias achamos em brechó ou museu.
O retrô até que cai bem...
Não sei quantas vezes já falei que não sou daqui e não sou mesmo, mas me divirto.
Sim, a gente é feliz porque acredita na mudança. Somos a própria mudança, no discurso, no modo de agir, de falar, de nos vestirmos, de amar.
O que não muda fica fora de moda. Se não muda, não sonha.
A gente é feliz pelo simples fato de reconhecer o que é realmente belo, ao natural e na futilidade também.
Mudamos para nos adaptar, quando nos convém. Porque muita coisa não nos agrada. E o que não é agradável descartamos. Porque quinquilharias achamos em brechó ou museu.
O retrô até que cai bem...
Não sei quantas vezes já falei que não sou daqui e não sou mesmo, mas me divirto.
Por preferir amar demais
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Farofa no Ventilador
on 04 setembro, 2007
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Encurralada. Sufocada. Amarrada. Parada. A culpa é toda minha.
A culpa é toda minha se me prendo, se me apego, se me deixo ser...
Se fosse ignorante, acreditaria na minha inocência.
Se fosse esperta, seria ignorante.
Não sou nem uma coisa nem outra; sou complexa.
Que bobagem!
A culpa é toda minha se me prendo, se me apego, se me deixo ser...
Se fosse ignorante, acreditaria na minha inocência.
Se fosse esperta, seria ignorante.
Não sou nem uma coisa nem outra; sou complexa.
Que bobagem!
Com licença poética
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Farofa no Ventilador
on 08 agosto, 2007
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"Pq eu sempre sinto MUITO mais do que eu posso entender..
Resolvi não chorar e me contive... Não podia fazer de toda despedida um martírio! Consegui fazer diferente: __Não chorei!! Contou a outra parte..
E daquele dia em diante passei a saber lidar melhor com meus medos e dúvidas. Acho que estava evoluindo e conseguindo "ser"... Só não descobri AINDA se este é o real motivo de estar aqui!
_ Meu eu-lírico
*Quer saber, eu tou cansada de esperar*
*E daí não me pergunte, sem mais delongas, mas descobri que, almejando o que nunca esteve ao meu alcance(perfeição), pude constatar que o 'ser perfeito' é constituído de elementos altamente corrosivos à índole e aos valores de uma pessoa....Só então percebi que a perfeição é a mais mesquinha das imperfeições.."
Não mexi em nada. Este é o perfil de uma grande amiga. Ela não sabe ser superficial quando escreve. Não nasceu Clarice porque é única.
Resolvi não chorar e me contive... Não podia fazer de toda despedida um martírio! Consegui fazer diferente: __Não chorei!! Contou a outra parte..
E daquele dia em diante passei a saber lidar melhor com meus medos e dúvidas. Acho que estava evoluindo e conseguindo "ser"... Só não descobri AINDA se este é o real motivo de estar aqui!
_ Meu eu-lírico
*Quer saber, eu tou cansada de esperar*
*E daí não me pergunte, sem mais delongas, mas descobri que, almejando o que nunca esteve ao meu alcance(perfeição), pude constatar que o 'ser perfeito' é constituído de elementos altamente corrosivos à índole e aos valores de uma pessoa....Só então percebi que a perfeição é a mais mesquinha das imperfeições.."
Não mexi em nada. Este é o perfil de uma grande amiga. Ela não sabe ser superficial quando escreve. Não nasceu Clarice porque é única.
Um novo começo
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Farofa no Ventilador
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O plano agora é não ter planos.
Se chover, quero me molhar. Se não olhar pros lados, quero ser atropelada.
Quero escrever em espelhos de banheiro, em vidros embaçados e em móveis empoeirados. Não me interessa se vou marcar alguma coisa ou alguém. O que me move agora é uma vontade imensa de ver letras com vida, com alma.
A cada suspiro delas me sinto mais viva. Mesmo que elas não sejam minhas. Ainda que não tenham nascido de mim.
Se chover, quero me molhar. Se não olhar pros lados, quero ser atropelada.
Quero escrever em espelhos de banheiro, em vidros embaçados e em móveis empoeirados. Não me interessa se vou marcar alguma coisa ou alguém. O que me move agora é uma vontade imensa de ver letras com vida, com alma.
A cada suspiro delas me sinto mais viva. Mesmo que elas não sejam minhas. Ainda que não tenham nascido de mim.
Três mundos
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Farofa no Ventilador
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Pensei que estava próxima de descobrir quem sou. De novo me vejo longe do Santo Graal, a cavalgar por uma estrada pra onde o vento me empurrou.
Estou com dificuldade de sentir cheiros e sabores. Meu coração se acalmou. O pensamento vai longe; não tão longe quanto a imaginação. Mas estou tentando me manter na Terra. Com a cabeça tão elevada, acima das nuvens, confesso que não é fácil. E também não sei até quando vou perseguir isso.
Queria descansar onde o primeiro raio de sol tocasse meu cabelo e quando se pusesse, beijasse minha testa. Seria a perfeita personificação da grande estrela.
Como fixar meus pés no chão se voar me faz tão bem? Como estar aqui e lá? Por que gosto tanto de inverno se é a primavera que eu espero desde o outono?
Sempre abraço as minhas dores porque acho que elas precisam de conforto e que vão embora mais rápido assim.
Estou com dificuldade de sentir cheiros e sabores. Meu coração se acalmou. O pensamento vai longe; não tão longe quanto a imaginação. Mas estou tentando me manter na Terra. Com a cabeça tão elevada, acima das nuvens, confesso que não é fácil. E também não sei até quando vou perseguir isso.
Queria descansar onde o primeiro raio de sol tocasse meu cabelo e quando se pusesse, beijasse minha testa. Seria a perfeita personificação da grande estrela.
Como fixar meus pés no chão se voar me faz tão bem? Como estar aqui e lá? Por que gosto tanto de inverno se é a primavera que eu espero desde o outono?
Sempre abraço as minhas dores porque acho que elas precisam de conforto e que vão embora mais rápido assim.
1986
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Farofa no Ventilador
on 06 agosto, 2007
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Desde quando eu a ouço? não me lembro.
Mas agora quero segui-la.
O que me assombra é a lembrança das palavras que li, "comi" e outras que "vomitei".
Desculpe se às vezes me afasto, é que vivo me perdendo... nostalgia!
Acho que estraguei tudo.
É tempo de renascer.
Não sei do amanhã; não quero perder tempo com o passado. Meus planos são tudo que tenho agora, no presente.
Mas agora quero segui-la.
O que me assombra é a lembrança das palavras que li, "comi" e outras que "vomitei".
Desculpe se às vezes me afasto, é que vivo me perdendo... nostalgia!
Acho que estraguei tudo.
É tempo de renascer.
Não sei do amanhã; não quero perder tempo com o passado. Meus planos são tudo que tenho agora, no presente.
E ventou dentro de mim...
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Farofa no Ventilador
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Limite? talvez o universo, só que ele não pára de expandir.
A sensação agora é que posso explodir e que ninguém vai se importar. Não quero flores fora do vaso e sem raiz.
A violeta mais bonita é a roxa, ela era tão aveludada... o jardim era pequeno e guardava o medo.
Difícil é saber onde eu o perdi.
Não era a estrada errada. Troxe aventura, perigo e prazer.
Se é ou não um transtorno, estou cansada e triste.
Tenho sorte!
O coração está partido. E minha alma voa... em busca de um novo lugar para repousar e viver sonhando.
A sensação agora é que posso explodir e que ninguém vai se importar. Não quero flores fora do vaso e sem raiz.
A violeta mais bonita é a roxa, ela era tão aveludada... o jardim era pequeno e guardava o medo.
Difícil é saber onde eu o perdi.
Não era a estrada errada. Troxe aventura, perigo e prazer.
Se é ou não um transtorno, estou cansada e triste.
Tenho sorte!
O coração está partido. E minha alma voa... em busca de um novo lugar para repousar e viver sonhando.
A Volta da Borboleta
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Farofa no Ventilador
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Amou até se perder
e deixou um pedaço de alma
onde não sabe se volta.
A melhor história foi escrita
por linhas tortas
e com uma cor que fere e quase mata.
Voltar não é o caminho
partir sem asas
e voar...
Se um dia voltar,
o mar a engole
Mas nada, nada...
Nada será do Fogo
sem o Ar.
e deixou um pedaço de alma
onde não sabe se volta.
A melhor história foi escrita
por linhas tortas
e com uma cor que fere e quase mata.
Voltar não é o caminho
partir sem asas
e voar...
Se um dia voltar,
o mar a engole
Mas nada, nada...
Nada será do Fogo
sem o Ar.
Um brinde à bela flor!
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Farofa no Ventilador
on 03 agosto, 2007
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Eu quero amar,
amar perdidamente!
Amar só por amar:
aqui…além…
Mais Este e Aquele,
o Outro e toda a gente….
Amar! Amar!
E não amar ninguém!
Recordar?
Esquecer?
Indiferente!…
Prender ou desprender?
É mal? É bem?
Quem disser que se pode amar alguém
Durante a vida inteira
é porque mente!
Há uma primavera em cada vida:
É preciso cantá-la assim florida,
Pois se Deus nos deu voz,
foi pra cantar!
E se um dia hei de ser pó,
cinza e nada
Que seja a minha noite uma alvorada,
Que me saiba perder…
pra me encontrar…
Florbela Espanca - A mensageira das violetas
Se soube amar?! Não sei... mas amou de todas as formas, até resolver partir!
amar perdidamente!
Amar só por amar:
aqui…além…
Mais Este e Aquele,
o Outro e toda a gente….
Amar! Amar!
E não amar ninguém!
Recordar?
Esquecer?
Indiferente!…
Prender ou desprender?
É mal? É bem?
Quem disser que se pode amar alguém
Durante a vida inteira
é porque mente!
Há uma primavera em cada vida:
É preciso cantá-la assim florida,
Pois se Deus nos deu voz,
foi pra cantar!
E se um dia hei de ser pó,
cinza e nada
Que seja a minha noite uma alvorada,
Que me saiba perder…
pra me encontrar…
Florbela Espanca - A mensageira das violetas
Se soube amar?! Não sei... mas amou de todas as formas, até resolver partir!
O telefone.
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Farofa no Ventilador
on 28 julho, 2007
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Eu ando prestando atenção em melodias,
deixando minhas velhas rimas...
Crianças às gargalhadas!
Um carro passou,
o sol entrando sem pedir licença!
Quem deixou!?
Saudade do sol.
Gosto das estrelas.
Eu comprei um novo disco,
pra minha velha vitrola!
Eu ganhei um velho livro,
pra minha nova coleção!
Hilda, uma tarde de conversas!
Bora?!
Plim! Plim!
- Oi?!
- Claro!
- Até!
Simples. Monossílabas.
Tempo pra quê?!
Eles me olham.
Um beijo, até amanhã!
deixando minhas velhas rimas...
Crianças às gargalhadas!
Um carro passou,
o sol entrando sem pedir licença!
Quem deixou!?
Saudade do sol.
Gosto das estrelas.
Eu comprei um novo disco,
pra minha velha vitrola!
Eu ganhei um velho livro,
pra minha nova coleção!
Hilda, uma tarde de conversas!
Bora?!
Plim! Plim!
- Oi?!
- Claro!
- Até!
Simples. Monossílabas.
Tempo pra quê?!
Eles me olham.
Um beijo, até amanhã!
Qual é a palavra?
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Farofa no Ventilador
on 23 julho, 2007
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A palavra que eu mais tenho empregado é saudade. Não sei se a época é propícia, se é o tempo, a chuva, a distância. A verdade é que estou me acostumando a sentir saudade. E começo a pensar... será que as coisas das quais não sinto saudade estão perdendo o valor? Acho que não. Quer dizer, de qualquer modo estou me lembrando delas. Agora, saudade... saudade é saudável, não pode ser confundida com tristeza nem pode ser acompanhada de choro. Quando ela vem, tem que trazer esperança acompanhada de um sorriso, com a certeza de que vale a pena pensar numa pessoa, ou casa, ou dia, ou cheiro...
Talvez quisesse a saudade da saudade. Porque é quando se está vivendo que se sente menos saudade. E o que é diferente de viver sem ser morrer?
Talvez quisesse a saudade da saudade. Porque é quando se está vivendo que se sente menos saudade. E o que é diferente de viver sem ser morrer?
10 de julho
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Farofa no Ventilador
on 10 julho, 2007
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Renato lia Baudelaire e Rimbaud e ouvia Cazuza, que lia Rimbaud e Lispector e escreveu "Qual é a cor do amor". Marcel Proust lia Baudelaire e escreveu "Em busca do tempo perdido". "Tempo perdido" é nome de uma música de Renato, que escreveu "A montanha mágica", que é o nome de um livro de Thomas Mann.
Cuidado com o que você lê e escuta! Você pode morrer cedo...
Brincadeirinha!
Em 1871 nascia Marcel Proust na França.
Para todos os cancerianos... "Depois de morto, Aquiles se arrependeu da escolha em relação ao seu destino: 'Não tentes consolar-me a respeito da morte! Eu preferia cultivar os campos a serviço de outro, de um homem pobre e de poucos recurso, a dominar sobre todos os mortos'."
"Introvertido, imaginativo e sonhador, o canceriano refugia-se em sua casa sempre que pressente o perigo, pois precisa de proteção. Apesar da índole pacífica, é desconfiado e sujeito ao desânimo." Proust se superou. Ficou recluso por pelo menos 14 anos.
Um abraço para os arianos Baudelaire, Cazuza e Renato; para Proust (canceriano) ; para a querida sagitariana, Clarice e para o geminiano, Thomas. Ah! e um para o libriano que não tinha nada de equilibrado, Rimbaud. rs
Depois continuo...
Cuidado com o que você lê e escuta! Você pode morrer cedo...
Brincadeirinha!
Em 1871 nascia Marcel Proust na França.
Para todos os cancerianos... "Depois de morto, Aquiles se arrependeu da escolha em relação ao seu destino: 'Não tentes consolar-me a respeito da morte! Eu preferia cultivar os campos a serviço de outro, de um homem pobre e de poucos recurso, a dominar sobre todos os mortos'."
"Introvertido, imaginativo e sonhador, o canceriano refugia-se em sua casa sempre que pressente o perigo, pois precisa de proteção. Apesar da índole pacífica, é desconfiado e sujeito ao desânimo." Proust se superou. Ficou recluso por pelo menos 14 anos.
Um abraço para os arianos Baudelaire, Cazuza e Renato; para Proust (canceriano) ; para a querida sagitariana, Clarice e para o geminiano, Thomas. Ah! e um para o libriano que não tinha nada de equilibrado, Rimbaud. rs
Depois continuo...
Que dia é hoje?
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Farofa no Ventilador
on 05 julho, 2007
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Tudo está demasiado estranho. Será que eu esqueci alguma coisa? Não é uma data pra se comemorar nem prometi nada a ninguém. Então, o que está faltando? se é que alguma coisa era pra ser e não é.
Às vezes tenho essa impressão. Fico apreensiva. Quase sempre não representa nada. Quase sempre.
Mas está faltando algo.
Acho que vai ficar a vaguidão por hoje.
Amanhã tudo muda; hoje, talvez.
Às vezes tenho essa impressão. Fico apreensiva. Quase sempre não representa nada. Quase sempre.
Mas está faltando algo.
Acho que vai ficar a vaguidão por hoje.
Amanhã tudo muda; hoje, talvez.
Abraço do tamanho do universo pra você!
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Farofa no Ventilador
on 04 julho, 2007
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"essa vida nos prepara cada surpresa, viu.eu tô feliz demais da conta, mas num é aquela felicidade vibrante não. é um sentimento tão sereno, tipo George Harrison pós Beatles, sabe?!? aquela coisa que sentimos lá no fundo, que conforta o espírito, que massagea o coração. coração que o mundo tenta endurecer, mas as pessoas que me cercam não deixam, pois sabem bem que ali é a casa delas, e que seria impossível morar numa casa toda dura. e é exatamente por não deixarem que isso aconteça que as amo tanto e tô pronto pra lutar do seu lado. torna-se um ciclo virtuoso, que sempre se renova. é lindo demais e faz um bem tão grandioso que transcende a vida.
galera, num esquece que tudo que precisamos é de AMOR! portanto, pratique AMOR na sua vida! faz bem pra mente, pro espírito e é claro, pro corpo também... hehehe
tô escrevendo essas coisas aqui por gratidão. tenho tido uma vida regada de felicidade e sinto a necessidade de passar a mensagem adiante. não sei qual efeito surtirá disso, na verdade não quero nem pensar. essa é a melhor forma que achei de ajudar o mundo de alguma forma concreta. meu amor e minha gratidão são as maiores contribuições que posso dar. essa é minha arma, e esse é o meu fardo.
abração do tamanho do mundo!!!"
Rafa, Choco, meu amigo, obrigada por me permitir publicar o seu perfil do orkut. Sei que ele varia, mas você vai ser sempre o mesmo na essência. Por isso gosto tanto de você.
Saibam que eu aprendo muito com esse cara.
galera, num esquece que tudo que precisamos é de AMOR! portanto, pratique AMOR na sua vida! faz bem pra mente, pro espírito e é claro, pro corpo também... hehehe
tô escrevendo essas coisas aqui por gratidão. tenho tido uma vida regada de felicidade e sinto a necessidade de passar a mensagem adiante. não sei qual efeito surtirá disso, na verdade não quero nem pensar. essa é a melhor forma que achei de ajudar o mundo de alguma forma concreta. meu amor e minha gratidão são as maiores contribuições que posso dar. essa é minha arma, e esse é o meu fardo.
abração do tamanho do mundo!!!"
Rafa, Choco, meu amigo, obrigada por me permitir publicar o seu perfil do orkut. Sei que ele varia, mas você vai ser sempre o mesmo na essência. Por isso gosto tanto de você.
Saibam que eu aprendo muito com esse cara.
Solidão
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Farofa no Ventilador
on 29 junho, 2007
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Será que mais um plano vai ficar na gaveta, na minha memória ou no HD? Ainda guardo as mensagens... Sala redonda e varanda.
Meu mundo são dois. Meu drama nasceu há muito tempo e não termina nunca.
Por que me olham? Por que se aproximam e depois vão embora?
A vida é um sopro... às vezes o sentido da vida evapora.
A maior parte da população não sabe por que sofre. Tenho as respostas e sou incapaz de resolver meu mundo. No entanto, não quero ser Proust nem morrer cedo.
Não quero terminar de escrever... Quero me sentir feliz no final do dia. Ignorante e feliz.
Meu mundo são dois. Meu drama nasceu há muito tempo e não termina nunca.
Por que me olham? Por que se aproximam e depois vão embora?
A vida é um sopro... às vezes o sentido da vida evapora.
A maior parte da população não sabe por que sofre. Tenho as respostas e sou incapaz de resolver meu mundo. No entanto, não quero ser Proust nem morrer cedo.
Não quero terminar de escrever... Quero me sentir feliz no final do dia. Ignorante e feliz.
Viva a Farofa!
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Farofa no Ventilador
on 25 junho, 2007
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Seis meses se passaram e eu ainda não dei uma cara nova pro Farofa...
Parece até que estamos vivendo em função das lições do Farofa. Escrever ou deixar de escrever é sempre um aprendizado. Para escrever, eu tiro um tempo e deixo umas palavras me escolher.
E se nunhuma me escolhe, eu me contento.
Foram seis meses de união: prosa e poesia. E não tenho do que reclamar.
Na verdade, todas essas palavras escodem segredinhos a respeito de muitas vidas.
Viva o Farofa! Viva a Farofa, porque não importa o gênero. Todos são bem vindos e todas as idéias nos interessam.
Parece até que estamos vivendo em função das lições do Farofa. Escrever ou deixar de escrever é sempre um aprendizado. Para escrever, eu tiro um tempo e deixo umas palavras me escolher.
E se nunhuma me escolhe, eu me contento.
Foram seis meses de união: prosa e poesia. E não tenho do que reclamar.
Na verdade, todas essas palavras escodem segredinhos a respeito de muitas vidas.
Viva o Farofa! Viva a Farofa, porque não importa o gênero. Todos são bem vindos e todas as idéias nos interessam.
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Farofa no Ventilador
on 23 junho, 2007
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Seis meses de farofa!
Muita história pra contar,
coisas que só a farofa entende!
Eu nunca assinei nenhuma de minhas postagens, assim como a Ia, também, não! Achava que era pra preservar muitas das coisas que disse sobre mim, implícitas nos meus textos, mas, hoje, posso perceber que o motivo não era esse! O motivo é que uma acaba escrevendo pela outra sem, muitas vezes, perceber!
Sincronicidade... e uma amizade de duas décadas!
Ia, tenho certeza que Deus me mandou pra esse mundo porque sabia que eu teria você pra cuidar de mim, me ouvir e me entender! E que você precisaria de mim da mesma maneira!
Obrigada por ser presença pra mim!
SEMPRE!
Parceria não só na prosa e na poesia, por isso a farofa é diferente!
Ah, obrigada aos amigos que estão sempre aqui!
Bi.
Muita história pra contar,
coisas que só a farofa entende!
Eu nunca assinei nenhuma de minhas postagens, assim como a Ia, também, não! Achava que era pra preservar muitas das coisas que disse sobre mim, implícitas nos meus textos, mas, hoje, posso perceber que o motivo não era esse! O motivo é que uma acaba escrevendo pela outra sem, muitas vezes, perceber!
Sincronicidade... e uma amizade de duas décadas!
Ia, tenho certeza que Deus me mandou pra esse mundo porque sabia que eu teria você pra cuidar de mim, me ouvir e me entender! E que você precisaria de mim da mesma maneira!
Obrigada por ser presença pra mim!
SEMPRE!
Parceria não só na prosa e na poesia, por isso a farofa é diferente!
Ah, obrigada aos amigos que estão sempre aqui!
Bi.
Conversa de meninos [tempo e poesia]
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Farofa no Ventilador
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Volta pra terra do nunca menina,
que tem vento de tristeza por lá soprando!
Volta pra terra do nunca menina,
que tem vento de tristeza por lá sobrando!
Aqui, a tristeza anda pentelhando,
assim como os meninos da terra do nunca!
A menina quer voltar!
Quer sentir os ventos de lá,
e não só sonhar com eles!
A menina quer brincar!
Da janela, ouve as risadas...
Tristeza pra cá, tristeza pra lá...
Tem algo errado na poesia!
Sobra tanta falta que faltam palavras
e assim, falta poesia...
Falta tempo pra poesia!
Falta a alegria dos meninos de lá!
Falta a menina que mora de cá!
Ela vai ter que aprender
a trasformar o faltar em ser!
Enquanto aprende a crescer...
A menina ouve passos,
corre menina!
Esconde os brinquedos embaixo da cama!
Obrigada por me chamar de volta pra terra do nunca menino do tempo!
que tem vento de tristeza por lá soprando!
Volta pra terra do nunca menina,
que tem vento de tristeza por lá sobrando!
Aqui, a tristeza anda pentelhando,
assim como os meninos da terra do nunca!
A menina quer voltar!
Quer sentir os ventos de lá,
e não só sonhar com eles!
A menina quer brincar!
Da janela, ouve as risadas...
Tristeza pra cá, tristeza pra lá...
Tem algo errado na poesia!
Sobra tanta falta que faltam palavras
e assim, falta poesia...
Falta tempo pra poesia!
Falta a alegria dos meninos de lá!
Falta a menina que mora de cá!
Ela vai ter que aprender
a trasformar o faltar em ser!
Enquanto aprende a crescer...
A menina ouve passos,
corre menina!
Esconde os brinquedos embaixo da cama!
Obrigada por me chamar de volta pra terra do nunca menino do tempo!
Em comemoração.
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Farofa no Ventilador
on 22 junho, 2007
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Tira essa flor da cabeça!
Deixa ser besta!
Joga esse orgulho no lixo, ou na casa do vizinho chato!
Abre caminho que eu "tô" chegando!
Abre caminho que eu já "tô" passando!
Pra mostrar pra esse povo
quem veio primeiro, a galinha ou o ovo!
Quem inventou a moda?
E a mania de "modar" todo mundo?
DEIXA EU PASSAR MOÇO!
"Tô" cheio de prosa, muita história pra contar!
Põe as crianças pra dentro,
que os segredos do mundo eu vou revelar!
Põe as crianças pra dentro,
que o porque de crescer só eu sei falar!
Põe as crianças pra dento,
que com o medo do escuro eu vou acabar!
- Anda logo meu filho, "tô" com a panela no fogo!
- Deixa de ser besta! Fala logo que tenho mais o que fazer!
- Salve, salve! Meus senhores, senhoras, senhoritas e todo o resto! Olhem lá dentro!
Piadista irrelevante.
Ah, um beijo pra cronista!
Deixa ser besta!
Joga esse orgulho no lixo, ou na casa do vizinho chato!
Abre caminho que eu "tô" chegando!
Abre caminho que eu já "tô" passando!
Pra mostrar pra esse povo
quem veio primeiro, a galinha ou o ovo!
Quem inventou a moda?
E a mania de "modar" todo mundo?
DEIXA EU PASSAR MOÇO!
"Tô" cheio de prosa, muita história pra contar!
Põe as crianças pra dentro,
que os segredos do mundo eu vou revelar!
Põe as crianças pra dentro,
que o porque de crescer só eu sei falar!
Põe as crianças pra dento,
que com o medo do escuro eu vou acabar!
- Anda logo meu filho, "tô" com a panela no fogo!
- Deixa de ser besta! Fala logo que tenho mais o que fazer!
- Salve, salve! Meus senhores, senhoras, senhoritas e todo o resto! Olhem lá dentro!
Piadista irrelevante.
Ah, um beijo pra cronista!
O segredo das palavras
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Farofa no Ventilador
on 18 junho, 2007
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Estou num daqueles dias em que fico parada olhando... às vezes não gosto de pensar. É, pensar no sentido de procurar explicações pra tudo que vejo e fico tentando ver o que ainda não percebo mas que vou conseguir apreender e então volto ao ciclo novamente. Um pouco mais velha e cansada. Porém sou tomada pela curiosidade e me sinto uma criança.
É o ciclo eterno de viver.
O que me levou a fazer isto ou aquilo eu sei, mas por quê? Esta pode não ser a pergunta certa. Talvez seja a pergunta mais cretina, porque não existe um fato principal. A partir do momento em que perdi o vínculo com o universo maternal e passei a dividir espaço neste ventre maior, sofro influências externas. Se antes o que me determinaria era o fator genético, agora há o fator global além do genético. Escrever depois que se cresce é escrever sobre o que todo mundo já sentiu, mas que alguns ainda não sabem como dizer.
Levei dois anos para me ligar a este mundo. Não sei se durante esse tempo as crianças podem ter esclarecimentos importantes a respeito da vida. É uma hipótese. Não sei se pude ver que ficaria triste alguns dias. Chorava muito, minha mãe já disse. Já me joguei de uma escada... não me lembro de nada disso, pois não sabia falar ainda. Não gostava de ser filha única. No entanto, isto eu consigo explicar. O que eu não sei determinar é o fato que desencadeou isso tudo.
É o ciclo eterno de viver.
O que me levou a fazer isto ou aquilo eu sei, mas por quê? Esta pode não ser a pergunta certa. Talvez seja a pergunta mais cretina, porque não existe um fato principal. A partir do momento em que perdi o vínculo com o universo maternal e passei a dividir espaço neste ventre maior, sofro influências externas. Se antes o que me determinaria era o fator genético, agora há o fator global além do genético. Escrever depois que se cresce é escrever sobre o que todo mundo já sentiu, mas que alguns ainda não sabem como dizer.
Levei dois anos para me ligar a este mundo. Não sei se durante esse tempo as crianças podem ter esclarecimentos importantes a respeito da vida. É uma hipótese. Não sei se pude ver que ficaria triste alguns dias. Chorava muito, minha mãe já disse. Já me joguei de uma escada... não me lembro de nada disso, pois não sabia falar ainda. Não gostava de ser filha única. No entanto, isto eu consigo explicar. O que eu não sei determinar é o fato que desencadeou isso tudo.
Eu prefiro assim.
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Farofa no Ventilador
on 03 junho, 2007
/
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Tenho gostado de pintar novas histórias,
rabiscar papéis de pão,
agendas de telefones...
Aliás, joguei a minha fora ontem.
Colorir feito criança,
até pintar o rosto e as mãos...
Os móveis da sala também.
Cor e rir.
Tenho gostado de ser criança.
Ao menos, por hoje.
Tenho gostado de ser inesperado,
de ser simples e banal,
esboço de pintura abstrata
se é que ela me permite o ser.
Ela sabe ser arte, a arte permitirá!
Tenho gostado de você,
mesmo que eu não o saiba ainda.
Vou jogar tinta na parede.
Lembrar o que era antes do preto e branco,
da velha fotografia achada embaixo da cama.
Vou dormir no sofá.
Só. Ou não.
Fui embora!
Deixei ontem!
Até amanhã!
Fui ser ARTE...
Ser inteiro, sem metades, por favor!
Acho que vou escrever uma nova música.
rabiscar papéis de pão,
agendas de telefones...
Aliás, joguei a minha fora ontem.
Colorir feito criança,
até pintar o rosto e as mãos...
Os móveis da sala também.
Cor e rir.
Tenho gostado de ser criança.
Ao menos, por hoje.
Tenho gostado de ser inesperado,
de ser simples e banal,
esboço de pintura abstrata
se é que ela me permite o ser.
Ela sabe ser arte, a arte permitirá!
Tenho gostado de você,
mesmo que eu não o saiba ainda.
Vou jogar tinta na parede.
Lembrar o que era antes do preto e branco,
da velha fotografia achada embaixo da cama.
Vou dormir no sofá.
Só. Ou não.
Fui embora!
Deixei ontem!
Até amanhã!
Fui ser ARTE...
Ser inteiro, sem metades, por favor!
Acho que vou escrever uma nova música.
De um lugar pra outro (ou de um site pra outro): perfil
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Farofa no Ventilador
on 01 junho, 2007
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Deixei de ser expectadora de mim mesma pra estar no palco.
Do palco a visão é privilegiada.
Às vezes sou atriz; às vezes, diretora. Às vezes quero ficar atrás das cortinas e quando todos estão saindo, fica o silêncio das emoções.
Estar no palco possibilita ter o controle do que você é, corrigir os erros do passado e sonhar com o futuro.
Estou muito bem com essa mudança. Sinto que não sou só mais uma. Pressinto uma grande responsabilidade.
A gente tem que pensar que a vida é uma só. E é a arte que deve imitar a vida.
Poderia morrer se parasse de me emocionar com a vida...
Do palco a visão é privilegiada.
Às vezes sou atriz; às vezes, diretora. Às vezes quero ficar atrás das cortinas e quando todos estão saindo, fica o silêncio das emoções.
Estar no palco possibilita ter o controle do que você é, corrigir os erros do passado e sonhar com o futuro.
Estou muito bem com essa mudança. Sinto que não sou só mais uma. Pressinto uma grande responsabilidade.
A gente tem que pensar que a vida é uma só. E é a arte que deve imitar a vida.
Poderia morrer se parasse de me emocionar com a vida...
Pra não dizer que não falei... que não postei!
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Farofa no Ventilador
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"Ia, amiga de primeira década
pensa antes de mim
o que penso em pensar
sabe ser pra mim
o que penso em estar!"
Amigos, amigos...
Às vezes dá vontade de parar o tempo só pra conservar esse sentimento.
Queria ter uma casa bem grande pra caber todo mundo,
queria ter mais tempo pra visitar todos,
gostaria de não saber que a vida pode levar meus amigos pra longe de mim a qualquer instante... Mas sou jovem e não fico pensando nisso.
E o mais importante: tenho um pedacinho de cada um deles!!!
As rimas são pobres, simples, mas os meus amigos são a riqueza mais rara deste mundo.
São amigos de prosa, de poesia, de música, de infância, de família, de semanas, de eternidade, de passado, de presente, de futuro, de dia, de noite, de cerveja, de água, de chuva, de sol, de trabalho, pra toda vida!!!
pensa antes de mim
o que penso em pensar
sabe ser pra mim
o que penso em estar!"
Amigos, amigos...
Às vezes dá vontade de parar o tempo só pra conservar esse sentimento.
Queria ter uma casa bem grande pra caber todo mundo,
queria ter mais tempo pra visitar todos,
gostaria de não saber que a vida pode levar meus amigos pra longe de mim a qualquer instante... Mas sou jovem e não fico pensando nisso.
E o mais importante: tenho um pedacinho de cada um deles!!!
As rimas são pobres, simples, mas os meus amigos são a riqueza mais rara deste mundo.
São amigos de prosa, de poesia, de música, de infância, de família, de semanas, de eternidade, de passado, de presente, de futuro, de dia, de noite, de cerveja, de água, de chuva, de sol, de trabalho, pra toda vida!!!
Preciso comentar...
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Farofa no Ventilador
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Uma vez prestei bastante atenção às mãos de um guitarrista e pensei: será que é assim que ele toca as mulheres?
Já percebi também que o som só me toca quando o músico e o instrumento viram uma coisa só. Usei a palavra coisa por falta de outra que explique melhor o que eu vejo às vezes. Na verdade, há um tempo que não aparece ninguém assim, que pareça ser músico e instrumento.
Hoje estava procurando uma poesia e encontrei "Uma mulher chamada guitarra". Todo mundo sabe que Vinicius era um consquistador. Eu prefiro pensar em músicos e seus instrumentos, seja homem ou mulher.
Mas o texto me cativou tanto no fim... "Pois dentre os instrumentos musicais criados pela mão do homem, só o violão é capaz de ouvir e de entender a Lua."
Nessa parte, tudo bem lançar mão de uma metonímia...
E tem horas que a gente precisa ceder e ser um pouco instrumento...
Já percebi também que o som só me toca quando o músico e o instrumento viram uma coisa só. Usei a palavra coisa por falta de outra que explique melhor o que eu vejo às vezes. Na verdade, há um tempo que não aparece ninguém assim, que pareça ser músico e instrumento.
Hoje estava procurando uma poesia e encontrei "Uma mulher chamada guitarra". Todo mundo sabe que Vinicius era um consquistador. Eu prefiro pensar em músicos e seus instrumentos, seja homem ou mulher.
Mas o texto me cativou tanto no fim... "Pois dentre os instrumentos musicais criados pela mão do homem, só o violão é capaz de ouvir e de entender a Lua."
Nessa parte, tudo bem lançar mão de uma metonímia...
E tem horas que a gente precisa ceder e ser um pouco instrumento...
De Vinicius de Moraes...
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Farofa no Ventilador
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"Uma mulher chamada guitarra
Um dia, casualmente, eu disse a um amigo que a guitarra, ou violão, era 'a música em forma de mulher'. A frase o encantou e ele a andou espalhando como se ela constituísse o que os franceses chamam un mot d'esprit. Pesa-me ponderar que ela não quer ser nada disso; é, melhor, a pura verdade dos fatos.
O violão é não só a música (com todas as suas possibilidades orquestrais latentes) em forma de mulher, como, de todos os instrumentos musicais que se inspiram na forma feminina - viola, violino, bandolim, violoncelo, contrabaixo - o único que representa a mulher ideal: nem grande, nem pequena; de pescoço alongado, ombros redondos e suaves, cintura fina e ancas plenas; cultivada mas sem jactância; relutante em exibir-se, a não ser pela mão daquele a quem ama; atenta e obediente ao seu amado, mas sem perda de caráter e dignidade; e, na intimidade, terna, sábia e apaixonada. Há mulheres-violino, mulheres-violoncelo e até mulheres- contrabaixo.
Mas como recusam-se a estabelecer aquela íntima relação que o violão oferece; como negam-se a se deixar cantar preferindo tornar-se objeto de solos ou partes orquestrais; como respondem mal ao contato dos dedos para se deixar vibrar, em beneficio de agentes excitantes como arcos e palhetas, serão sempre preteridas, no final, pelas mulheres-violão, que um homem pode, sempre que quer, ter carinhosamente em seus braços e com ela passar horas de maravilhoso isolamento, sem necessidade, seja de tê-la em posições pouco cristãs, como acontece com os violoncelos, seja de estar obrigatoriamente de pé diante delas, como se dá com os contrabaixos.
Mesmo uma mulher-bandolim (vale dizer: um bandolim), se não encontrar um Jacob pela frente, está roubada. Sua voz é por demais estrídula para que se a suporte além de meia hora. E é nisso que a guitarra, ou violão (vale dizer: a mulher-violão), leva todas as vantagens. Nas mãos de um Segovia, de um Barrios, de um Sanz de la Mazza, de um Bonfá, de um Baden Powell, pode brilhar tão bem em sociedade quanto um violino nas mãos de um Oistrakh ou um violoncelo nas mãos de um Casals. Enquanto que aqueles instrumentos dificilmente poderão atingir a pungência ou a bossa peculiares que um violão pode ter, quer tocado canhestramente por um Jayme Ovalle ou um Manuel Bandeira, quer 'passado na cara' por um João Gilberto ou mesmo o crioulo Zé-com-Fome, da Favela do Esqueleto.
Divino, delicioso instrumento que se casa tão bem com o amor e tudo o que, nos instantes mais belos da natureza, induz ao maravilhoso abandono! E não é à toa que um dos seus mais antigos ascendentes se chama viola d'amore, como a prenunciar o doce fenômeno de tantos corações diariamente feridos pelo melodioso acento de suas cordas... Até na maneira de ser tocado - contra o peito - lembra a mulher que se aninha nos braços do seu amado e, sem dizer-lhe nada, parece suplicar com beijos e carinhos que ele a tome toda, faça-a vibrar no mais fundo de si mesma, e a ame acima de tudo, pois do contrário ela não poderá ser nunca totalmente sua.
Ponha-se num céu alto uma Lua tranqüila. Pede ela um contrabaixo? Nunca! Um violoncelo? Talvez, mas só se por trás dele houvesse um Casals. Um bandolim? Nem por sombra! Um bandolim, com seu tremolos, lhe perturbaria o luminoso êxtase. E o que pede então (direis) uma Lua tranqüila num céu alto? E eu vos responderei: um violão. Pois dentre os instrumentos musicais criados pela mão do homem, só o violão é capaz de ouvir e de entender a Lua."
Sobre ser poeta
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Farofa no Ventilador
on 09 maio, 2007
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Ser imprevisível, ser humano.
Ou seria previsível?!
Ou, simplesmente, buscar ser visível.
O pré se perdeu no passado,
mas visível pra quê?
Ao se tornar vísível,
torna-se previsível!
Não pelo pré,
mas pelo ser, ser humano!
Prefiro ser o bom dia todo dia
Ser um sol e uma lua... dois!
Porque é em dois que se faz poesia
Deixa o ser humano pra depois...
Ser poeta, ser livre...
Ser bom dia, ser sol, ser lua.
Ensolarar estrofes,enluarar rimas, ser três e dois!
Desejar bom dia!
Sou poeta, sou imprevisível.
Deixei o humano, deixei as previsões com ele!
E sem ser humano, também não sei prever
Deixa estar, deixa de ser
de ser questão, de ser agonia,
ser poeta e ser livre é a rima da poesia
da nossa poesia
[brincadeira de meninos]
Ou seria previsível?!
Ou, simplesmente, buscar ser visível.
O pré se perdeu no passado,
mas visível pra quê?
Ao se tornar vísível,
torna-se previsível!
Não pelo pré,
mas pelo ser, ser humano!
Prefiro ser o bom dia todo dia
Ser um sol e uma lua... dois!
Porque é em dois que se faz poesia
Deixa o ser humano pra depois...
Ser poeta, ser livre...
Ser bom dia, ser sol, ser lua.
Ensolarar estrofes,enluarar rimas, ser três e dois!
Desejar bom dia!
Sou poeta, sou imprevisível.
Deixei o humano, deixei as previsões com ele!
E sem ser humano, também não sei prever
Deixa estar, deixa de ser
de ser questão, de ser agonia,
ser poeta e ser livre é a rima da poesia
da nossa poesia
[brincadeira de meninos]
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Farofa no Ventilador
on 17 abril, 2007
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No céu havia uma estrela,
uma estrela havia no céu!
Ainda que não exista,
lá estará ela, sempre altiva.
E reluz, mesmo sem vida...
Continua a inspirar
corações apaixonados
poetas desarmados
de palavras descritivas
pra dizer em suas linhas
como são belas as altivas!
Altas divas da noite...
Inalcançáveis são elas?
Distantes em outros universos,
tão próximas nos nossos versos...
Assim são elas.
Há de chegar o dia,
livres das folhas
faremos somente o desejo
e alcansáveis serão elas
Isto é tudo que desejam.
Isto é tudo que desejo.
Ó, minha doce e distante diva!
Será que posso chamar de minha!?
Esse tal de inalcançável irá permitir?!
Seria você cadente!?
Capaz de realizar nossos desejos?!
Mesmo que não o seja,
saiba que já habita em meus olhos,
desde que senti sua presença...
Meu presente.
Doce diva, singelo trovador.
Um único verso...
Faz em mim derramar o amor.
[Composição conjunta com o menino do tempo. Você está se tornando membro honorário dessa farofa, hein!?rs]
uma estrela havia no céu!
Ainda que não exista,
lá estará ela, sempre altiva.
E reluz, mesmo sem vida...
Continua a inspirar
corações apaixonados
poetas desarmados
de palavras descritivas
pra dizer em suas linhas
como são belas as altivas!
Altas divas da noite...
Inalcançáveis são elas?
Distantes em outros universos,
tão próximas nos nossos versos...
Assim são elas.
Há de chegar o dia,
livres das folhas
faremos somente o desejo
e alcansáveis serão elas
Isto é tudo que desejam.
Isto é tudo que desejo.
Ó, minha doce e distante diva!
Será que posso chamar de minha!?
Esse tal de inalcançável irá permitir?!
Seria você cadente!?
Capaz de realizar nossos desejos?!
Mesmo que não o seja,
saiba que já habita em meus olhos,
desde que senti sua presença...
Meu presente.
Doce diva, singelo trovador.
Um único verso...
Faz em mim derramar o amor.
[Composição conjunta com o menino do tempo. Você está se tornando membro honorário dessa farofa, hein!?rs]
O verbo é obra divina
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Farofa no Ventilador
on 09 abril, 2007
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O ser humano é trágico. De onde será que vem tanta carência?
Tudo que o homem criou até hoje revela a tentativa de preencher as lacunas, os buracos, os espaços do mundo interior.
O capitalismo, por exemplo, demonstra o quanto a humanidade é carente. Esse sistema funciona porque é compatível com a idéia de que tudo morre, com a idéia pessimista da morte. Primeiro vem o concreto; depois, o abstrato. Dinheiro, concreto. Felicidade, abstrato.
O que economia tem a ver com literatura, com arte? O ser humano.
É a falta de recurso interno que faz um homem querer riquezas.
É a falta de recurso externo que faz um homem questionar e questionar.
Freud explica! Essa expressão tira a poesia.
A subjetividade também é universal. Muita gente árida está por aí. Grande ser tão veredas ou "Grande Sertão: Veredas"? É dentro do ser humano que os grandes conflitos acontecem. Os dramas estão dentro do homem.
Pedacinhos nossos de cada dia se perdem e se encontram. Trocamos esses pedaços com todos os lugares o tempo todo. Às vezes a troca favorece mais um lado que outro.
E viramos criadores. Mas somos mortais, criaturas!
Nossas vidas barrocas, nossa eterna dualidade.
Navego, vivo ou cavo o infinito?
Hoje não estou romântica, estou de barroco. Sou simbólica e moderna. Uso os recursos que tenho. Estou, tenho, mas sou...
Estou longe de concluir a minha trajetória, que é o próprio motivo pelo qual existo.
Tudo que o homem criou até hoje revela a tentativa de preencher as lacunas, os buracos, os espaços do mundo interior.
O capitalismo, por exemplo, demonstra o quanto a humanidade é carente. Esse sistema funciona porque é compatível com a idéia de que tudo morre, com a idéia pessimista da morte. Primeiro vem o concreto; depois, o abstrato. Dinheiro, concreto. Felicidade, abstrato.
O que economia tem a ver com literatura, com arte? O ser humano.
É a falta de recurso interno que faz um homem querer riquezas.
É a falta de recurso externo que faz um homem questionar e questionar.
Freud explica! Essa expressão tira a poesia.
A subjetividade também é universal. Muita gente árida está por aí. Grande ser tão veredas ou "Grande Sertão: Veredas"? É dentro do ser humano que os grandes conflitos acontecem. Os dramas estão dentro do homem.
Pedacinhos nossos de cada dia se perdem e se encontram. Trocamos esses pedaços com todos os lugares o tempo todo. Às vezes a troca favorece mais um lado que outro.
E viramos criadores. Mas somos mortais, criaturas!
Nossas vidas barrocas, nossa eterna dualidade.
Navego, vivo ou cavo o infinito?
Hoje não estou romântica, estou de barroco. Sou simbólica e moderna. Uso os recursos que tenho. Estou, tenho, mas sou...
Estou longe de concluir a minha trajetória, que é o próprio motivo pelo qual existo.
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Farofa no Ventilador
on 03 abril, 2007
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Olhe quantas vidas
empregadas num sistema
que não pergunta sobre nossa felicidade
ou se isso nos satisfaz
somos empurrados
pela sociedade
a estudar
produzir
e ter sonhos altos
e por esses nos acabamos
pois o que ela nos pede
nao é o que nos dá
sugando nossa vida em nome
do capital
fazendo com que nos matemos
numa selva urbana
em busca da sobreposição
e quanto nos damos conta disso
nossa vida acabou
sem conhecer um palmo
a nossa frente
e no final
descobrimos que criamos
uma programaçao pra nós mesmos
e assim só vejo máquinas
e onde estão os seres humanos???
[Contribuição de um grande irmão para a farofa, aproveitando pra agradecer as horas de dedicação e carinho! e por me ouvir tantas vezes!]
empregadas num sistema
que não pergunta sobre nossa felicidade
ou se isso nos satisfaz
somos empurrados
pela sociedade
a estudar
produzir
e ter sonhos altos
e por esses nos acabamos
pois o que ela nos pede
nao é o que nos dá
sugando nossa vida em nome
do capital
fazendo com que nos matemos
numa selva urbana
em busca da sobreposição
e quanto nos damos conta disso
nossa vida acabou
sem conhecer um palmo
a nossa frente
e no final
descobrimos que criamos
uma programaçao pra nós mesmos
e assim só vejo máquinas
e onde estão os seres humanos???
[Contribuição de um grande irmão para a farofa, aproveitando pra agradecer as horas de dedicação e carinho! e por me ouvir tantas vezes!]
Nada como unir as cores e o tempo...
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Farofa no Ventilador
on 02 abril, 2007
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O velho menino, perdido no tempo
e no meio da escuridão, busca novas cores
e seu velho dom pra colorir as rimas!
busca criar nas palavras um caminho...
pegar carona com o desconhecido tempo
para juntos traçarem seus destinos, destinos?
Agora, tornaram-se uma só direção
Uma só direção, um só tempo, um só menino, mas destinos?
Seria ele capaz de pintar seu destino? os pincéis já possui!
Destino, singular é caminho transitivo e direto, mas são destinos a pergunta
Eu diria que são destinos a resposta
O menino já possui os pincéis, o tempo como aliado...
Só cabe a ele escolher a melhor resposta, ou as melhores!
Sim... são destinos a resposta...
[composição conjunta com o menino que se encontrou com o tempo!]
e no meio da escuridão, busca novas cores
e seu velho dom pra colorir as rimas!
busca criar nas palavras um caminho...
pegar carona com o desconhecido tempo
para juntos traçarem seus destinos, destinos?
Agora, tornaram-se uma só direção
Uma só direção, um só tempo, um só menino, mas destinos?
Seria ele capaz de pintar seu destino? os pincéis já possui!
Destino, singular é caminho transitivo e direto, mas são destinos a pergunta
Eu diria que são destinos a resposta
O menino já possui os pincéis, o tempo como aliado...
Só cabe a ele escolher a melhor resposta, ou as melhores!
Sim... são destinos a resposta...
[composição conjunta com o menino que se encontrou com o tempo!]
Enquanto isso...
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Farofa no Ventilador
on 30 março, 2007
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A gente vive inventando. É um exercício involuntário. Poderia parafrasear agora, intertextualizar. As palavras não seriam minhas. A emoção é. Nem o estilo é inspiração. A gente nunca vai entender certas coisas... é certeza. É certo como não ter certeza de nada nem mesmo se tudo que está vivo morre. Esse novo gênero de texto tem espírito de poesia. As frases em vagões me transportam. O ponto aqui não separa, não deixa descarrilar. É a vida. É o tempo. Ventou dentro de mim.
Em qual estação você quer parar?
Já viu o avesso do avesso?
Românticos não vêem.
Em qual estação você quer parar?
Já viu o avesso do avesso?
Românticos não vêem.
.
Postado por
Farofa no Ventilador
on 27 março, 2007
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tudo mudou de forma
formou tudo que traz forma
mudou tudo que dá forma
já não forma mais
da mesma forma
fora de forma
formou tudo que traz forma
mudou tudo que dá forma
já não forma mais
da mesma forma
fora de forma
simples, como desenho de criança
Postado por
Farofa no Ventilador
on 20 março, 2007
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Hoje, não será preciso trocar o lençol, nem abrir a janela e, gentilmente, dar bom dia àquelas velhas senhoras pendurando a roupa no varal, ou regando seu jardim! Elas gostam disso, podem contar o que o marido disse ontem, falar do capítulo da novela e o seu tema preferido: fofocas! Mas elas são felizes, assim! Mandando as crianças pra dentro, limpando narizes ranhentos, dando gritos estéricos quando a bola das crianças acerta seu jardim, ou mesmo o lençol pendurado no varal!
Mas, hoje, não vou trocar meu lençol e nem observar pela janela, ela vai permanecer fechada! Vou guardar as velhas tintas, e meu velho e querido cavalete! vou deixar tudo aqui! Já está na hora de ir pintar em outro lugar, com outras tintas, outra paisagem, outras histórias... deixar o lençol, deixar o painel, e a velha janela de madeira fechada!
Mas, hoje, não vou trocar meu lençol e nem observar pela janela, ela vai permanecer fechada! Vou guardar as velhas tintas, e meu velho e querido cavalete! vou deixar tudo aqui! Já está na hora de ir pintar em outro lugar, com outras tintas, outra paisagem, outras histórias... deixar o lençol, deixar o painel, e a velha janela de madeira fechada!
Amizade além das palavras
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Farofa no Ventilador
on 14 março, 2007
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Hoje tive mais uma revelação. Como um cientista que faz descobertas num laboratório, o mundo é esse ambiente pra mim.
Empiricamente, eu tenho chegado à definição exata das palavras. Agora a vida tem outro sentido.
Amizade, por exemplo. É uma relação desinteressada, em que duas pessoas se identificam cosmicamente e sentem que o tempo sempre trabalha para uni-las . Em pensamento, conversam.
Quando a relação é de amizade, a distância não separa. Saudade, que é "vontade de ver de novo", vira um conceito. Porque amigo não causa dor.
Amigo traz preocupação, faz você chorar de alegria e de tristeza e sempre volta pra dizer: Brincadeira.
Amigo é a sua ligação com a criança que existe dentro de você. Uma criança adulta, mas cheia de sonhos. E em um desses sonhos, o seu amigo está.
Empiricamente, eu tenho chegado à definição exata das palavras. Agora a vida tem outro sentido.
Amizade, por exemplo. É uma relação desinteressada, em que duas pessoas se identificam cosmicamente e sentem que o tempo sempre trabalha para uni-las . Em pensamento, conversam.
Quando a relação é de amizade, a distância não separa. Saudade, que é "vontade de ver de novo", vira um conceito. Porque amigo não causa dor.
Amigo traz preocupação, faz você chorar de alegria e de tristeza e sempre volta pra dizer: Brincadeira.
Amigo é a sua ligação com a criança que existe dentro de você. Uma criança adulta, mas cheia de sonhos. E em um desses sonhos, o seu amigo está.
Mensagem telepática, composição conjunta
Postado por
Farofa no Ventilador
on 10 março, 2007
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Vou começar pelo ponto de interrogação.
Uma incógnita a se desvendar entre trocas surreais de canções.
Percepções ilimitadas de três mundos.
Mundos bizarros, mundos caóticos, mundos melancólicos, mundos reais e mundo-sentimento.
Era de física quântica. Um universo dentro do outro, tudo num corpo só.
Terei de me arriscar nesse mundo exato e tão inexato, onde dois corpos com constituições tão diferentes, tornam-se uma só existência.
Experiência de viver interligando as linhas imaginárias da trajetória anímica.
Trajetória escrita nas velhas páginas de um monobloco, em tardes ensolaradas.
Em só lá se foi um dia... Que dó de mim!
Dó de estar no terceiro mundo! Ai de mim, que sou só compositor de fases!
Frases harmônicas em ritmo de esperança.
Pulsamos em uma só batida, e deixamos a dúvida: o que fazes pela sinfonia?!
Uma incógnita a se desvendar entre trocas surreais de canções.
Percepções ilimitadas de três mundos.
Mundos bizarros, mundos caóticos, mundos melancólicos, mundos reais e mundo-sentimento.
Era de física quântica. Um universo dentro do outro, tudo num corpo só.
Terei de me arriscar nesse mundo exato e tão inexato, onde dois corpos com constituições tão diferentes, tornam-se uma só existência.
Experiência de viver interligando as linhas imaginárias da trajetória anímica.
Trajetória escrita nas velhas páginas de um monobloco, em tardes ensolaradas.
Em só lá se foi um dia... Que dó de mim!
Dó de estar no terceiro mundo! Ai de mim, que sou só compositor de fases!
Frases harmônicas em ritmo de esperança.
Pulsamos em uma só batida, e deixamos a dúvida: o que fazes pela sinfonia?!
Hoje fez sol
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Farofa no Ventilador
on 02 março, 2007
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vou explodir em abraços...
sentimentos tão puros
absurdamente sinceros
quero ver meus sorrisos
estão distantes de mim
meus sorrisos sinceros
quero ver você
e você tb!
sentimentos tão puros
absurdamente sinceros
quero ver meus sorrisos
estão distantes de mim
meus sorrisos sinceros
quero ver você
e você tb!
Sentir pelo outro, ela vai entender
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Farofa no Ventilador
on 28 fevereiro, 2007
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saudade chegou esses dias
pediu pra passar um tempo por aqui
quer ir embora, não!
ô saudade, pq tanta insistência?!
saudade trouxe muita bagagem
trouxe cidade distante
trouxe chuva
trouxe músicas e poesias
trouxe teatro, trouxe magia
trouxe Los, todo carnaval tem seu fim... e chove...
trouxe velhos e novos
amigos, amores, família
trouxe lembranças
trouxe distância, oceanos e concreto
trouxe presença, e a tão linda sincronicidade
trouxe partida
e trouxe pra mim...
pediu pra passar um tempo por aqui
quer ir embora, não!
ô saudade, pq tanta insistência?!
saudade trouxe muita bagagem
trouxe cidade distante
trouxe chuva
trouxe músicas e poesias
trouxe teatro, trouxe magia
trouxe Los, todo carnaval tem seu fim... e chove...
trouxe velhos e novos
amigos, amores, família
trouxe lembranças
trouxe distância, oceanos e concreto
trouxe presença, e a tão linda sincronicidade
trouxe partida
e trouxe pra mim...
Pára tudo!!!
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Farofa no Ventilador
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Uma pausa, por favor! Posso respirar? É, Alice... o mundo se expandiu de novo, mas eu continuo sufocada.
Com o que isso se parece? não é o que você imagina... Uma pausa, por favor! e aquele chá pra me acalmar.
Ei, tá me ouvindo? sei que não, mas vou insistir de novo. Uma pausa, por favor! quero pôr tudo pra fora.
Você tá me vendo? é claro que não! mal se enxerga no espelho... o reflexo na água parece mais nítido.
Agora vou apagar as impressões e atravessar um longo caminho mágico.
Corre, tempo, corre! Que a orientação da relatividade é não medir o tempo.
Com o que isso se parece? não é o que você imagina... Uma pausa, por favor! e aquele chá pra me acalmar.
Ei, tá me ouvindo? sei que não, mas vou insistir de novo. Uma pausa, por favor! quero pôr tudo pra fora.
Você tá me vendo? é claro que não! mal se enxerga no espelho... o reflexo na água parece mais nítido.
Agora vou apagar as impressões e atravessar um longo caminho mágico.
Corre, tempo, corre! Que a orientação da relatividade é não medir o tempo.
Veneno antimonotonia
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Farofa no Ventilador
on 07 fevereiro, 2007
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Minto sobre mim mesma quando quero revelar certas verdades e finjo quando tento me adaptar a um mundo tão mesquinho.
Essa é a diferença entre um artista e um oportunista. Será que aprendi direito?
Como se não bastasse a ansiedade, ainda é necessário conviver com a ressaca de um dia inteiro.
Existe homeopatia pra tudo... será que existe remédio pra acabar com a inércia presente?
Sou eu que não consigo me adaptar, ou estou no lugar errado, na hora errada e com as pessoas erradas? O mundo é tanto injusto. Injusto pra quem quer viajar, mas não tem grana; injusto pra quem tem fome, mas não pode comer; injusto pra quem quer falar, mas não tem voz; injusto pra quem só vê injustiça e não enxerga pequenas verdades, pequenos sinais, gestos.
Minto sobre mim mesma quando quero revelar certas verdades e finjo quando tento me adaptar a um mundo tão mesquinho.
Essa é a diferença entre um artista e um oportunista. Será que aprendi direito?
Como se não bastasse a ansiedade, ainda é necessário conviver com a ressaca de um dia inteiro.
Existe homeopatia pra tudo... será que existe remédio pra acabar com a inércia presente?
Sou eu que não consigo me adaptar, ou estou no lugar errado, na hora errada e com as pessoas erradas? O mundo é tanto injusto. Injusto pra quem quer viajar, mas não tem grana; injusto pra quem tem fome, mas não pode comer; injusto pra quem quer falar, mas não tem voz; injusto pra quem só vê injustiça e não enxerga pequenas verdades, pequenos sinais, gestos.
Minto sobre mim mesma quando quero revelar certas verdades e finjo quando tento me adaptar a um mundo tão mesquinho.
Puro simbolismo, como tudo o que a farofa propõe.
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Farofa no Ventilador
on 31 janeiro, 2007
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Outro dia, saí andando, sem destino! Senti um perfume indescritível e num ambiente delicado aos meus sentidos entrei! Comprei três rosas, três lindas rosas vermelhas!
Continuei minha caminhada e lembrei-me de que o número três tem um dos simbolismos mais curiosos nas mais diversas culturas!! Tudo resume-se a três, os três principais ciclos da vida, a Santíssima Trindade, os três poderes (que, na política, influenciam nossas vidas de uma maneira direta e indireta, nem sempre favorável), o conhecimento, no fascinante mundo da filosofia (música, geometria e astronomia). Um certo poeta me disse que significava nada mais que a perfeição! Nada como a descrição da perfeição naquelas pétalas vermelhas!
Não sei onde deixei minhas três lindas rosas vermelhas, as perdi pelo caminho...
Continuei minha caminhada e lembrei-me de que o número três tem um dos simbolismos mais curiosos nas mais diversas culturas!! Tudo resume-se a três, os três principais ciclos da vida, a Santíssima Trindade, os três poderes (que, na política, influenciam nossas vidas de uma maneira direta e indireta, nem sempre favorável), o conhecimento, no fascinante mundo da filosofia (música, geometria e astronomia). Um certo poeta me disse que significava nada mais que a perfeição! Nada como a descrição da perfeição naquelas pétalas vermelhas!
Não sei onde deixei minhas três lindas rosas vermelhas, as perdi pelo caminho...
A dúvida
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Farofa no Ventilador
on 30 janeiro, 2007
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MSN a serviço do Português e do Farofês:
Um amigo me perguntou:
"existe algum monossílabo tônico que significa 'sim' e que possa ser confundido com 'não' ? "
Pensei um pouco... parecia ser uma das piadinhas que só ele sabe fazer. Daquelas que poucos entendem porque possuem um valor semântico peculiar.
Eis que ele responde:
"por que toda vez que a minha mãe me pergunta alguma coisa e eu respondo 'não', ela pergunta 'quê' ? "
Para bom entendedor pequenas palavras podem causar um certo espanto!
Um amigo me perguntou:
"existe algum monossílabo tônico que significa 'sim' e que possa ser confundido com 'não' ? "
Pensei um pouco... parecia ser uma das piadinhas que só ele sabe fazer. Daquelas que poucos entendem porque possuem um valor semântico peculiar.
Eis que ele responde:
"por que toda vez que a minha mãe me pergunta alguma coisa e eu respondo 'não', ela pergunta 'quê' ? "
Para bom entendedor pequenas palavras podem causar um certo espanto!
Reduzida a um átomo
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Farofa no Ventilador
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Eu sou um universo, você é um universo. Quando estou rodeada de gente, descubro falhas em mim e percebo a diferença de completo e imperfeito.
Eu me sinto só quando há muita gente...
Algumas vezes é impossível evitar que roubem energia de mim; algumas vezes é impossível evitar que eu vicie em alguém.
Eu me sinto só quando há muita gente...
Algumas vezes é impossível evitar que roubem energia de mim; algumas vezes é impossível evitar que eu vicie em alguém.
Só pra farofa ficar boa...
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Farofa no Ventilador
on 25 janeiro, 2007
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Não sei se é por falta de tempo ou criatividade, mas não estou escrevendo o que discuto o dia todo com algum "filósofo" do meu msn... saio embriagada de tanta festa que combino pelo orkut e volto pra casa tonta depois de um dia de trabalho em nenhuma repartição pública.
Ouço as minhas músicas e pago mico quando empolgo cantando e chega alguém e me atrapalha.
Vou dormir mais burra se assisto ao BBB! é um monte de bosta mesmo nesse horário... sempre pergunto: tem alguma coisa pior?
Porque nem sempre pior significa "mais ruim". Pior é ouvir isso e pensar que as crianças de hoje têm influências tão "legais". É isto: faltam adjetivos no meu vocabulário e nem assisti à TV ontem!
Espero que entendam a minha mensagem. Textos com o vocabulário rebuscado aparecerão na hora certa; neste momento estou experimentando uma vidinha simples, palavras simples, cheiros comuns, revistas do consultório do dentista, muito youtube... ignorância por opção.
O título também trata do assunto, só que de maneira resumida e ímplicita.
E lembre-se: as linhas servem de guia, mas há quem se baseie nas entrelinhas.
Ouço as minhas músicas e pago mico quando empolgo cantando e chega alguém e me atrapalha.
Vou dormir mais burra se assisto ao BBB! é um monte de bosta mesmo nesse horário... sempre pergunto: tem alguma coisa pior?
Porque nem sempre pior significa "mais ruim". Pior é ouvir isso e pensar que as crianças de hoje têm influências tão "legais". É isto: faltam adjetivos no meu vocabulário e nem assisti à TV ontem!
Espero que entendam a minha mensagem. Textos com o vocabulário rebuscado aparecerão na hora certa; neste momento estou experimentando uma vidinha simples, palavras simples, cheiros comuns, revistas do consultório do dentista, muito youtube... ignorância por opção.
O título também trata do assunto, só que de maneira resumida e ímplicita.
E lembre-se: as linhas servem de guia, mas há quem se baseie nas entrelinhas.
Seriam só os guerreiros fardados!?
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Farofa no Ventilador
on 24 janeiro, 2007
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Soldados veteranos erguem estátua "Soldado Abandonado" na Trafalgar Square, em Londres, em protesto contra um suposto descaso do governo para com os ex-militares britânicos . Posso dar várias sugestões de estátuas para serem erguidas! Há muitos guerreiros sem farda, abandonados e rejeitados pelo mundo!
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Farofa no Ventilador
on 23 janeiro, 2007
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nada... pra nada ficar
sem nada
primeiro a postar
o nada, nada vira nada
e nada nada nada
agora não é mais nada
dependendo de quem ler!
pois pode ser nada
ou ter além do nada!
sem nada
primeiro a postar
o nada, nada vira nada
e nada nada nada
agora não é mais nada
dependendo de quem ler!
pois pode ser nada
ou ter além do nada!