O segredo das palavras

Estou num daqueles dias em que fico parada olhando... às vezes não gosto de pensar. É, pensar no sentido de procurar explicações pra tudo que vejo e fico tentando ver o que ainda não percebo mas que vou conseguir apreender e então volto ao ciclo novamente. Um pouco mais velha e cansada. Porém sou tomada pela curiosidade e me sinto uma criança.

É o ciclo eterno de viver.

O que me levou a fazer isto ou aquilo eu sei, mas por quê? Esta pode não ser a pergunta certa. Talvez seja a pergunta mais cretina, porque não existe um fato principal. A partir do momento em que perdi o vínculo com o universo maternal e passei a dividir espaço neste ventre maior, sofro influências externas. Se antes o que me determinaria era o fator genético, agora há o fator global além do genético. Escrever depois que se cresce é escrever sobre o que todo mundo já sentiu, mas que alguns ainda não sabem como dizer.
Levei dois anos para me ligar a este mundo. Não sei se durante esse tempo as crianças podem ter esclarecimentos importantes a respeito da vida. É uma hipótese. Não sei se pude ver que ficaria triste alguns dias. Chorava muito, minha mãe já disse. Já me joguei de uma escada... não me lembro de nada disso, pois não sabia falar ainda. Não gostava de ser filha única. No entanto, isto eu consigo explicar. O que eu não sei determinar é o fato que desencadeou isso tudo.

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