Sentir pelo outro, ela vai entender

saudade chegou esses dias
pediu pra passar um tempo por aqui
quer ir embora, não!
ô saudade, pq tanta insistência?!
saudade trouxe muita bagagem
trouxe cidade distante
trouxe chuva
trouxe músicas e poesias
trouxe teatro, trouxe magia
trouxe Los, todo carnaval tem seu fim... e chove...
trouxe velhos e novos
amigos, amores, família
trouxe lembranças
trouxe distância, oceanos e concreto
trouxe presença, e a tão linda sincronicidade
trouxe partida
e trouxe pra mim...

Pára tudo!!!

Uma pausa, por favor! Posso respirar? É, Alice... o mundo se expandiu de novo, mas eu continuo sufocada.
Com o que isso se parece? não é o que você imagina... Uma pausa, por favor! e aquele chá pra me acalmar.
Ei, tá me ouvindo? sei que não, mas vou insistir de novo. Uma pausa, por favor! quero pôr tudo pra fora.
Você tá me vendo? é claro que não! mal se enxerga no espelho... o reflexo na água parece mais nítido.
Agora vou apagar as impressões e atravessar um longo caminho mágico.
Corre, tempo, corre! Que a orientação da relatividade é não medir o tempo.

Veneno antimonotonia

Minto sobre mim mesma quando quero revelar certas verdades e finjo quando tento me adaptar a um mundo tão mesquinho.
Essa é a diferença entre um artista e um oportunista. Será que aprendi direito?

Como se não bastasse a ansiedade, ainda é necessário conviver com a ressaca de um dia inteiro.
Existe homeopatia pra tudo... será que existe remédio pra acabar com a inércia presente?
Sou eu que não consigo me adaptar, ou estou no lugar errado, na hora errada e com as pessoas erradas? O mundo é tanto injusto. Injusto pra quem quer viajar, mas não tem grana; injusto pra quem tem fome, mas não pode comer; injusto pra quem quer falar, mas não tem voz; injusto pra quem só vê injustiça e não enxerga pequenas verdades, pequenos sinais, gestos.

Minto sobre mim mesma quando quero revelar certas verdades e finjo quando tento me adaptar a um mundo tão mesquinho.