No céu havia uma estrela,
uma estrela havia no céu!
Ainda que não exista,
lá estará ela, sempre altiva.
E reluz, mesmo sem vida...
Continua a inspirar
corações apaixonados
poetas desarmados
de palavras descritivas
pra dizer em suas linhas
como são belas as altivas!
Altas divas da noite...

Inalcançáveis são elas?
Distantes em outros universos,
tão próximas nos nossos versos...
Assim são elas.
Há de chegar o dia,
livres das folhas
faremos somente o desejo
e alcansáveis serão elas
Isto é tudo que desejam.
Isto é tudo que desejo.

Ó, minha doce e distante diva!
Será que posso chamar de minha!?
Esse tal de inalcançável irá permitir?!
Seria você cadente!?
Capaz de realizar nossos desejos?!
Mesmo que não o seja,
saiba que já habita em meus olhos,
desde que senti sua presença...
Meu presente.
Doce diva, singelo trovador.
Um único verso...

Faz em mim derramar o amor.

[Composição conjunta com o menino do tempo. Você está se tornando membro honorário dessa farofa, hein!?rs]

O verbo é obra divina

O ser humano é trágico. De onde será que vem tanta carência?
Tudo que o homem criou até hoje revela a tentativa de preencher as lacunas, os buracos, os espaços do mundo interior.
O capitalismo, por exemplo, demonstra o quanto a humanidade é carente. Esse sistema funciona porque é compatível com a idéia de que tudo morre, com a idéia pessimista da morte. Primeiro vem o concreto; depois, o abstrato. Dinheiro, concreto. Felicidade, abstrato.
O que economia tem a ver com literatura, com arte? O ser humano.
É a falta de recurso interno que faz um homem querer riquezas.
É a falta de recurso externo que faz um homem questionar e questionar.

Freud explica! Essa expressão tira a poesia.

A subjetividade também é universal. Muita gente árida está por aí. Grande ser tão veredas ou "Grande Sertão: Veredas"? É dentro do ser humano que os grandes conflitos acontecem. Os dramas estão dentro do homem.
Pedacinhos nossos de cada dia se perdem e se encontram. Trocamos esses pedaços com todos os lugares o tempo todo. Às vezes a troca favorece mais um lado que outro.
E viramos criadores. Mas somos mortais, criaturas!
Nossas vidas barrocas, nossa eterna dualidade.

Navego, vivo ou cavo o infinito?

Hoje não estou romântica, estou de barroco. Sou simbólica e moderna. Uso os recursos que tenho. Estou, tenho, mas sou...

Estou longe de concluir a minha trajetória, que é o próprio motivo pelo qual existo.
Olhe quantas vidas
empregadas num sistema
que não pergunta sobre nossa felicidade
ou se isso nos satisfaz
somos empurrados
pela sociedade
a estudar
produzir
e ter sonhos altos
e por esses nos acabamos
pois o que ela nos pede
nao é o que nos dá
sugando nossa vida em nome
do capital
fazendo com que nos matemos
numa selva urbana
em busca da sobreposição
e quanto nos damos conta disso
nossa vida acabou
sem conhecer um palmo
a nossa frente
e no final
descobrimos que criamos
uma programaçao pra nós mesmos
e assim só vejo máquinas
e onde estão os seres humanos???

[Contribuição de um grande irmão para a farofa, aproveitando pra agradecer as horas de dedicação e carinho! e por me ouvir tantas vezes!]

Nada como unir as cores e o tempo...

O velho menino, perdido no tempo
e no meio da escuridão, busca novas cores
e seu velho dom pra colorir as rimas!
busca criar nas palavras um caminho...
pegar carona com o desconhecido tempo
para juntos traçarem seus destinos, destinos?

Agora, tornaram-se uma só direção
Uma só direção, um só tempo, um só menino, mas destinos?
Seria ele capaz de pintar seu destino? os pincéis já possui!
Destino, singular é caminho transitivo e direto, mas são destinos a pergunta
Eu diria que são destinos a resposta
O menino já possui os pincéis, o tempo como aliado...
Só cabe a ele escolher a melhor resposta, ou as melhores!
Sim... são destinos a resposta...

[composição conjunta com o menino que se encontrou com o tempo!]