quando criamos o "farofa sem receita", não pensávamos no efeito que causaríamos. Queríamos escrever simplesmente. O próprio nome do blog revela um pouco da nossa intenção.
Durante dois anos, escrevemos quando tivemos vontade, quando tivemos motivos. São poucos os comentários, porém preciosos. Ler que é "inspirador" o nosso cantinho é inspirador também.
Somos amadores na arte de escrever, mas estamos aprendendo com mestres e nos inspirando no dia-a-dia. Em prosa ou em poesia, a vida é que nos dá motivos para continuar... a escrever.
Sobre Rubem Alves e os humanos
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Farofa no Ventilador
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Quero declarar minha mais nova paixão literária: Rubem Alves. Ele sabe como brincar de Deus! Mesmo sabendo que isso vai contra as leis da natureza.
Rubem Alves entende a minha alma. Não tem medo de ressuscitar gente morta. Sabe da beleza da palavra nostalgia.
Sinto como se estivesse num divã, falando dos meus sonhos. Falando do meu sonho de ter um campo de morangos e um jardim tão impressionante quanto uma pintura de Monet. O psicanalista Alves olha pra mim e tudo fica claro. É o paraíso dentro de mim que procuro, o elo perdido, diria o teólogo.
O escritor é tão humano. Seus textos têm vida!
“Sobre homens e moluscos” é uma visão contemplativa do homem, nada pejorativa ou sem esperança. Feliz aquele que já proseou com Rubem Alves, mesmo que não tenha sido numa cozinha mineira, servindo-se de pão-de-queijo ou bolo de fubá.
Imagine se pudéssemos reunir Rubem Alves, Adélia Prado e Cecília Meireles. Seria algo transcendental, místico. Comprarei um sítio e convidarei os três para passarem dias ensolarados e chuvosos ao meu lado. Eles sempre estarão perto dos meus olhos e coração. Todos os dias quero conversas leves como a que tive hoje com Rubem Alves. Quero a sensação de ser para sempre uma menina descobrindo o mundo. E onde estiver, irá comigo a saudade de Minas, o mistério que é Minas, que deve ter preenchido a alma de Rubem Alves de abismos, horizontes, manhãs, infinito...
Quem lê seus textos não sabe ao certo como eles começam e por que eles terminam; só queremos aproveitar o intervalo.
Rubem Alves é como Drummond, tem muitas faces. Tem raízes profundas também. Não esconde suas influências e é apaixonado pelo ser Humano.
Rubem Alves entende a minha alma. Não tem medo de ressuscitar gente morta. Sabe da beleza da palavra nostalgia.
Sinto como se estivesse num divã, falando dos meus sonhos. Falando do meu sonho de ter um campo de morangos e um jardim tão impressionante quanto uma pintura de Monet. O psicanalista Alves olha pra mim e tudo fica claro. É o paraíso dentro de mim que procuro, o elo perdido, diria o teólogo.
O escritor é tão humano. Seus textos têm vida!
“Sobre homens e moluscos” é uma visão contemplativa do homem, nada pejorativa ou sem esperança. Feliz aquele que já proseou com Rubem Alves, mesmo que não tenha sido numa cozinha mineira, servindo-se de pão-de-queijo ou bolo de fubá.
Imagine se pudéssemos reunir Rubem Alves, Adélia Prado e Cecília Meireles. Seria algo transcendental, místico. Comprarei um sítio e convidarei os três para passarem dias ensolarados e chuvosos ao meu lado. Eles sempre estarão perto dos meus olhos e coração. Todos os dias quero conversas leves como a que tive hoje com Rubem Alves. Quero a sensação de ser para sempre uma menina descobrindo o mundo. E onde estiver, irá comigo a saudade de Minas, o mistério que é Minas, que deve ter preenchido a alma de Rubem Alves de abismos, horizontes, manhãs, infinito...
Quem lê seus textos não sabe ao certo como eles começam e por que eles terminam; só queremos aproveitar o intervalo.
Rubem Alves é como Drummond, tem muitas faces. Tem raízes profundas também. Não esconde suas influências e é apaixonado pelo ser Humano.
Com licença poética mais uma vez
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Farofa no Ventilador
on 07 novembro, 2008
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"Sabe, há algum tempo venho tentando me entender e me decifrar. Cadê a esfinge que ainda não me devorou? Tenho tentado harmonizar todas as coisas que me povoam, me consomem e me constituem como um ser pensante, ou não. Tenho tentado harmonizar o que sou e o que não sou, concreto e abstrato, vivo e morto, fim e começo, começo e fim, e, por fim, minhas harmonias e desarmonias. Paro, olhos pras pessoas, omito algumas letras, deixo ao relento outras palavras e frases. Percebo o que elas se esforçam para demonstrar e pensam, mas não querem dizer. Percebo que preciso de que as pessoas sejam mais francas do que gentis, mais olhares menos palavras, mais transmissões menos supérfluos, mais sincronias menos desvios, mais rochas menos ondas, mais concretas e ao mesmo tempo menos palpáveis. Deixe a subjetividade comigo.
Ahh, a subjetividade, esta tumba que se ergue em meio ao meu caminho e, na qual, posto me em frente e observo com olhares surpresos e pouco convictos sobre o que virá pela frente. Fixo meus olhos no horizonte, sem deixar que a tumba se faça como objeto maior frente a minha face distorcida e envenenada por outros efeitos anteriores da mesma. Tenho medo dessa subjetividade que me aflige, me sonda e que quer me refletir de uma maneira óbvia demais e não passível de maiores observações.Quando tento me observar, para analisar com minúcia absoluta e cautelosa o que a tumba me instiga a reconhecer e procurar, acabo por encontrar resquícios de algo que, total e completamente, não sei bem ao certo o que significa ou que mensagem subliminar possui pra me apresentar. Acho a explicação de tudo isso pouco plausível e acabo por me encontrar a parte do que faltava, o ponto crucial e possuidor de todo sentido que se une para formar o todo. Esqueço, abstraio e fujo de mim.. quando fujo, finjo saber ao certo como esse pingo se enquadra e se acopla ao que sou. Ao me deparar como o ponto perdido, logo caio em mim quanto a sua significação, pois vejo que sinto falta do que não sei e não procuro por me ludibriar a todo momento fingindo saber. Subconscientemente, adquiro a certeza desse elemento sem poder explica-lo ou denomina-lo. ELE faz parte do que sustenta a minha estrutura. Penso que a subjetividade é a maior responsável por me fazer querer, às vezes, o que não se encontra ao alcance de minhas pobres e inexperientes mãos, mas, se isso me consola, encontra se ao alcance de minha MENTE, que me deixa divagar e, quando me flagra na beira de um precipício, puxa me pelo braço. Ela tenta deixar claro do que ela é capaz, e, como nunca aprendo e absorvo por completo o poder, o tamanho e a dimensão desta, ela sempre me faz seguir até os lugares mais inusitados, imprecisos, indescritíveis, insanos, estranhos... por fim, acabo por me avistar em um desses lugares . Com a alma a me estudar, e a mente a fazer parte de algum lugar pouco explorado, estranho, esquisito... mente.. MENTE"
Ahh, a subjetividade, esta tumba que se ergue em meio ao meu caminho e, na qual, posto me em frente e observo com olhares surpresos e pouco convictos sobre o que virá pela frente. Fixo meus olhos no horizonte, sem deixar que a tumba se faça como objeto maior frente a minha face distorcida e envenenada por outros efeitos anteriores da mesma. Tenho medo dessa subjetividade que me aflige, me sonda e que quer me refletir de uma maneira óbvia demais e não passível de maiores observações.Quando tento me observar, para analisar com minúcia absoluta e cautelosa o que a tumba me instiga a reconhecer e procurar, acabo por encontrar resquícios de algo que, total e completamente, não sei bem ao certo o que significa ou que mensagem subliminar possui pra me apresentar. Acho a explicação de tudo isso pouco plausível e acabo por me encontrar a parte do que faltava, o ponto crucial e possuidor de todo sentido que se une para formar o todo. Esqueço, abstraio e fujo de mim.. quando fujo, finjo saber ao certo como esse pingo se enquadra e se acopla ao que sou. Ao me deparar como o ponto perdido, logo caio em mim quanto a sua significação, pois vejo que sinto falta do que não sei e não procuro por me ludibriar a todo momento fingindo saber. Subconscientemente, adquiro a certeza desse elemento sem poder explica-lo ou denomina-lo. ELE faz parte do que sustenta a minha estrutura. Penso que a subjetividade é a maior responsável por me fazer querer, às vezes, o que não se encontra ao alcance de minhas pobres e inexperientes mãos, mas, se isso me consola, encontra se ao alcance de minha MENTE, que me deixa divagar e, quando me flagra na beira de um precipício, puxa me pelo braço. Ela tenta deixar claro do que ela é capaz, e, como nunca aprendo e absorvo por completo o poder, o tamanho e a dimensão desta, ela sempre me faz seguir até os lugares mais inusitados, imprecisos, indescritíveis, insanos, estranhos... por fim, acabo por me avistar em um desses lugares . Com a alma a me estudar, e a mente a fazer parte de algum lugar pouco explorado, estranho, esquisito... mente.. MENTE"
E você quer um retrato do país?
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Farofa no Ventilador
on 22 outubro, 2008
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Pra que heróis? Você não dá conta de se orgulhar do seu próprio trabalho?
Último herói da última semana, quase um Dom Quixote: Nayara, amiga de Eloá. Daqui a pouco todo mundo esquece e só vai se lembrar na retrospectiva 2008.
Vou analisar esse povo "solidário"... é tão carente, tão carente que precisa de um caso desses para se esquecer dos próprios conflitos.
"Vamos celebrar
A estupidez humana
A estupidez de todas as nações
O meu país e sua corja
De assassinos
Covardes, estupradores
E ladrões...
Vamos celebrar
A estupidez do povo
Nossa polícia e televisão
Vamos celebrar nosso governo
E nosso estado que não é nação...
Celebrar a juventude sem escolas
As crianças mortas
Celebrar nossa desunião...
Vamos celebrar Eros e Tanatos
Persephone e Hades
Vamos celebrar nossa tristeza
Vamos celebrar nossa vaidade...
Vamos comemorar como idiotas
A cada fevereiro e feriado
Todos os mortos nas estradas
Os mortos por falta
De hospitais...
Vamos celebrar nossa justiça
A ganância e a difamação
Vamos celebrar os preconceitos
O voto dos analfabetos
Comemorar a água podre
E todos os impostos
Queimadas, mentiras
E seqüestros...
Nosso castelo
De cartas marcadas
O trabalho escravo
Nosso pequeno universo
Toda a hipocrisia
E toda a afetação
Todo roubo e toda indiferença
Vamos celebrar epidemias
É a festa da torcida campeã...
Vamos celebrar a fome
Não ter a quem ouvir
Não se ter a quem amar
Vamos alimentar o que é maldade
Vamos machucar o coração...
Vamos celebrar nossa bandeira
Nosso passado
De absurdos gloriosos
Tudo que é gratuito e feio
Tudo o que é normal
Vamos cantar juntos
O hino nacional
A lágrima é verdadeira
Vamos celebrar nossa saudade
Comemorar a nossa solidão...
Vamos festejar a inveja
A intolerância
A incompreensão
Vamos festejar a violência
E esquecer a nossa gente
Que trabalhou honestamente
A vida inteira
E agora não tem mais
Direito a nada...
Vamos celebrar a aberração
De toda a nossa falta
De bom senso
Nosso descaso por educação
Vamos celebrar o horror
De tudo isto
Com festa, velório e caixão
Tá tudo morto e enterrado agora
Já que também podemos celebrar
A estupidez de quem cantou
Essa canção...
Venha!
Meu coração está com pressa
Quando a esperança está dispersa
Só a verdade me liberta
Chega de maldade e ilusão
Venha!
O amor tem sempre a porta aberta
E vem chegando a primavera
Nosso futuro recomeça
Venha!
Que o que vem é Perfeição!..." (Rentato Russo)
Último herói da última semana, quase um Dom Quixote: Nayara, amiga de Eloá. Daqui a pouco todo mundo esquece e só vai se lembrar na retrospectiva 2008.
Vou analisar esse povo "solidário"... é tão carente, tão carente que precisa de um caso desses para se esquecer dos próprios conflitos.
"Vamos celebrar
A estupidez humana
A estupidez de todas as nações
O meu país e sua corja
De assassinos
Covardes, estupradores
E ladrões...
Vamos celebrar
A estupidez do povo
Nossa polícia e televisão
Vamos celebrar nosso governo
E nosso estado que não é nação...
Celebrar a juventude sem escolas
As crianças mortas
Celebrar nossa desunião...
Vamos celebrar Eros e Tanatos
Persephone e Hades
Vamos celebrar nossa tristeza
Vamos celebrar nossa vaidade...
Vamos comemorar como idiotas
A cada fevereiro e feriado
Todos os mortos nas estradas
Os mortos por falta
De hospitais...
Vamos celebrar nossa justiça
A ganância e a difamação
Vamos celebrar os preconceitos
O voto dos analfabetos
Comemorar a água podre
E todos os impostos
Queimadas, mentiras
E seqüestros...
Nosso castelo
De cartas marcadas
O trabalho escravo
Nosso pequeno universo
Toda a hipocrisia
E toda a afetação
Todo roubo e toda indiferença
Vamos celebrar epidemias
É a festa da torcida campeã...
Vamos celebrar a fome
Não ter a quem ouvir
Não se ter a quem amar
Vamos alimentar o que é maldade
Vamos machucar o coração...
Vamos celebrar nossa bandeira
Nosso passado
De absurdos gloriosos
Tudo que é gratuito e feio
Tudo o que é normal
Vamos cantar juntos
O hino nacional
A lágrima é verdadeira
Vamos celebrar nossa saudade
Comemorar a nossa solidão...
Vamos festejar a inveja
A intolerância
A incompreensão
Vamos festejar a violência
E esquecer a nossa gente
Que trabalhou honestamente
A vida inteira
E agora não tem mais
Direito a nada...
Vamos celebrar a aberração
De toda a nossa falta
De bom senso
Nosso descaso por educação
Vamos celebrar o horror
De tudo isto
Com festa, velório e caixão
Tá tudo morto e enterrado agora
Já que também podemos celebrar
A estupidez de quem cantou
Essa canção...
Venha!
Meu coração está com pressa
Quando a esperança está dispersa
Só a verdade me liberta
Chega de maldade e ilusão
Venha!
O amor tem sempre a porta aberta
E vem chegando a primavera
Nosso futuro recomeça
Venha!
Que o que vem é Perfeição!..." (Rentato Russo)
Ratos, baratas, ralo, mofo
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Farofa no Ventilador
on 26 setembro, 2008
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Quero falar da podridão do mundo,
do cheiro imundo
que brota das lacunas.
Falar de todo excremento,
toda ferida que vaza.
Contar que um coração
quebrado bate
até parar.
Parar de doer,
depois que esse mal (cheiro)
passar... o que sobra?
só história,
escória...
A realidade é outra
Preciso de chuva
e de sol
para curar toda essa
louCura.
Não sou normal... não sei escrever poesia.
do cheiro imundo
que brota das lacunas.
Falar de todo excremento,
toda ferida que vaza.
Contar que um coração
quebrado bate
até parar.
Parar de doer,
depois que esse mal (cheiro)
passar... o que sobra?
só história,
escória...
A realidade é outra
Preciso de chuva
e de sol
para curar toda essa
louCura.
Não sou normal... não sei escrever poesia.
11/08/2008
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Farofa no Ventilador
on 11 agosto, 2008
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Eu já existia. 30/11/1986 foi só a data do calendário gregoriano que marcou a primeira leitura de mim mesma. Fora do contexto pode não fazer sentido, mas o que seria da interpretação se não fosse múltipla? Nessa parte, eu dou risada. Sem planejar, é lógico, pois não conheço o interlocutor nem sou simpática o tempo todo.
Interlocutor imaginado
Pessoas como você tendem a ser solitárias... Tudo bem você partir pra "ver outras paisagens". Mas queria ir junto. Help! I need somebody help... O livro que eu pedi deve chegar hoje. Strawberry fields forever... não é nenhum sonho. É a VIDA! Mofados ou não são morangos.
Tou me sentindo estranhamente atraída pela cultura contemporânea, por esses amores cinematográficos, pelas brigas literárias, pelos diálogos metalingüísticos que acabam em sexo, mas não deviam acabar.
Minha vida não é mais minha. São frases repetidas, cenas de algum filme, letras de música, Impressionismo de Monet. Um imenso jardim que pode morrer.
Interlocutor imaginado
Pessoas como você tendem a ser solitárias... Tudo bem você partir pra "ver outras paisagens". Mas queria ir junto. Help! I need somebody help... O livro que eu pedi deve chegar hoje. Strawberry fields forever... não é nenhum sonho. É a VIDA! Mofados ou não são morangos.
Tou me sentindo estranhamente atraída pela cultura contemporânea, por esses amores cinematográficos, pelas brigas literárias, pelos diálogos metalingüísticos que acabam em sexo, mas não deviam acabar.
Minha vida não é mais minha. São frases repetidas, cenas de algum filme, letras de música, Impressionismo de Monet. Um imenso jardim que pode morrer.
Freud de mim mesma
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Farofa no Ventilador
on 30 julho, 2008
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Por que nos livros é ironicamente linda? Por que nas músicas soa tão bem? Por que me sinto bem quando a vejo retratada?
Gosto de dramas. Não invejo os aquarianos, tranqüilos. Eles só não a cultivam. Talvez só conheçam o amor e o ódio, universais.
Meu drama tá longe de ser resolvido. Nem sei se quero, se devo, se posso. Otimista ao molde de Voltaire. "Machadianamente" realista. Pessimista só na teoria, porém acompanhada pela minha solidão. Bem servida pela tristeza e feliz de ser freud de mim mesma.
Gosto de dramas. Não invejo os aquarianos, tranqüilos. Eles só não a cultivam. Talvez só conheçam o amor e o ódio, universais.
Meu drama tá longe de ser resolvido. Nem sei se quero, se devo, se posso. Otimista ao molde de Voltaire. "Machadianamente" realista. Pessimista só na teoria, porém acompanhada pela minha solidão. Bem servida pela tristeza e feliz de ser freud de mim mesma.
Chá branco
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Farofa no Ventilador
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Tenho que parar com a cafeína... rs
Não tenho nem o que falar sobre ficar quase duas semanas em casa, vendo TV, aprendendo novas teclas de atalho, lendo um livro que não acaba faz meses, apesar de ser ótimo.
Se estivesse com um lápis, as letras estariam tortas... isso me lembra um outro livro, que me lembra alguém. Pretérito imperfeito. "A mesma mão que acaricia, fere...", lembrei de outro alguém. Pretérito imperfeito também. Chega de lembranças. O que me interessa é o presente. Gosto de presentes. Bizarros ou não, presentes.
Não tenho nem o que falar sobre ficar quase duas semanas em casa, vendo TV, aprendendo novas teclas de atalho, lendo um livro que não acaba faz meses, apesar de ser ótimo.
Se estivesse com um lápis, as letras estariam tortas... isso me lembra um outro livro, que me lembra alguém. Pretérito imperfeito. "A mesma mão que acaricia, fere...", lembrei de outro alguém. Pretérito imperfeito também. Chega de lembranças. O que me interessa é o presente. Gosto de presentes. Bizarros ou não, presentes.
Sorvete, conversa e liberdade
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Farofa no Ventilador
on 14 julho, 2008
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"E livrai-nos de todo mal, amém." E nada mais.
A vida é bela. É simples e é a maior viagem de todas. É bela junto com todas as sensações que ela proporciona. Quanto mais intensa, melhor. "E livrai-nos de todo mal, amém."
Pedir? o quê? Tenho medo de vida perfeita, tenho medo de pouco vento, de poucas palavras...
_ Obrigada!
Hoje é dia 14 de julho de 2008. Uma segunda-feira parecida com outras que já vivi, mas especial porque posso dizer que a vida nunca deixa de surpreender. Toda inércia está dentro... o mundo continua girando e se parar, é pra mudar! Mudou a estação. Desci, experimentei sabores, vi novas cores e vou de novo. New wave.
A vida é bela. É simples e é a maior viagem de todas. É bela junto com todas as sensações que ela proporciona. Quanto mais intensa, melhor. "E livrai-nos de todo mal, amém."
Pedir? o quê? Tenho medo de vida perfeita, tenho medo de pouco vento, de poucas palavras...
_ Obrigada!
Hoje é dia 14 de julho de 2008. Uma segunda-feira parecida com outras que já vivi, mas especial porque posso dizer que a vida nunca deixa de surpreender. Toda inércia está dentro... o mundo continua girando e se parar, é pra mudar! Mudou a estação. Desci, experimentei sabores, vi novas cores e vou de novo. New wave.
Uma espécie chamada Mulher
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Farofa no Ventilador
on 07 julho, 2008
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Pode ser Maria de Milton Nascimento, pode ser Maria, a Madalena, de Jesus ou não. Mulher é uma espécie a ser descoberta. Às vezes é terra a ser explorada, às vezes se faz água para ser navegada. É o quinto elemento que reúne os outros quatro.
Mulher tem o poder da criação. Talvez seja esse o motivo por que os homens sintam inveja.
Mulher tem o poder da destruição... e conhece exatamente a definição de céu e de inferno.
Toda mulher tem um segredo. Se não o esconde em diários, conta para, pelo menos, uma amiga.
Mulheres pensam demais. Pensam em casamento, filhos, sapatos, computadores, calorias, poesias, músicas, academia, carreira, velhice, morte e na vida.
Sofrem e sorriem. Sorriem quando é pra chorar e choram de alegria também. E choram pela humanidade. E morrem antes da esperança.
Mulher tem o poder da criação. Talvez seja esse o motivo por que os homens sintam inveja.
Mulher tem o poder da destruição... e conhece exatamente a definição de céu e de inferno.
Toda mulher tem um segredo. Se não o esconde em diários, conta para, pelo menos, uma amiga.
Mulheres pensam demais. Pensam em casamento, filhos, sapatos, computadores, calorias, poesias, músicas, academia, carreira, velhice, morte e na vida.
Sofrem e sorriem. Sorriem quando é pra chorar e choram de alegria também. E choram pela humanidade. E morrem antes da esperança.
Velho mundo
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Farofa no Ventilador
on 30 junho, 2008
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Só hoje não quero pensar. Não quero pensar no que vou fazer... também não sei aonde quero chegar, só sei que tenho que mudar, mudar de lugar, de roupa, mudar minha comida, trocar os pratos, a hora de dormir e de acordar, mudar o lado de dormir na cama, mudar a cama de lado, pintar meus móveis, misturar as cores, ir acampar depois desse trabalho, acordar antes do sol...
Incomunicável
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Farofa no Ventilador
on 29 maio, 2008
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Não estou entendendo o mundo nem ele me entende. Nadei, nadei e vou morrer na praia. Acho que fiquei perdida em algum tempo ou lugar. O teletransporte não foi bem sucedido. Só pode ser isso. São os ares, os ventos... De onde vem a loucura? E a Cura? Não sou mais tão lúcida. Perdi a luz em algum túnel. Não morro. Sobrevivo? Subo, subo e nada encontro. Desço e me perco. É uma luta que nunca acaba. Sombra das experiências.
Perdi o controle. Perdi a direção. Sou passageira de um sonho e não sei como acordar.
Perdi o controle. Perdi a direção. Sou passageira de um sonho e não sei como acordar.
Ela por ela
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Farofa no Ventilador
on 01 maio, 2008
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Ela era uma menina com grandes sonhos, ela pensava sentir demais e descobriu grandes absurdos! Ela deixou de sonhar tanto, ela sabe brigar muito bem! Ela tornou-se poeta nos finais de semana, aprendeu a escrever sobre sonhos e sobre o que realmente é! Ela sabe de suas fases e suas velhas manias! Ela finge nem saber o que diz e permanece desenhando sem nexo, o intenso e discreto abstrato! Ela se abstrai... E se joga no sofá para ouvir seus velhos discos!
Ela os têm para contar suas histórias! E eles sabem cada detalhe, cada vírgula, cada sorriso e cada onomatopéia!
Ela sente falta dos jogos de tabuleiro nos domingos!
Ela os têm para contar suas histórias! E eles sabem cada detalhe, cada vírgula, cada sorriso e cada onomatopéia!
Ela sente falta dos jogos de tabuleiro nos domingos!
EU
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Farofa no Ventilador
on 16 abril, 2008
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Eu sou a que no mundo anda perdida,
Eu sou a que na vida não tem norte,
Sou a irmã do Sonho, e desta sorte
Sou a crucificada... a dolorida...
Sombra de névoa tênue e esvaecida,
E que o destino amargo, triste e forte,
Impele brutalmente para a morte!
Alma de luto sempre incompreendida!...
Sou aquela que passa e ninguém vê...
Sou a que chamam triste sem o ser...
Sou a que chora sem saber por quê...
Sou talvez a visão que Alguém sonhou,
Alguém que veio ao mundo pra me ver,
E que nunca na vida me encontrou!
Flobela Espanca
Eu sou a que na vida não tem norte,
Sou a irmã do Sonho, e desta sorte
Sou a crucificada... a dolorida...
Sombra de névoa tênue e esvaecida,
E que o destino amargo, triste e forte,
Impele brutalmente para a morte!
Alma de luto sempre incompreendida!...
Sou aquela que passa e ninguém vê...
Sou a que chamam triste sem o ser...
Sou a que chora sem saber por quê...
Sou talvez a visão que Alguém sonhou,
Alguém que veio ao mundo pra me ver,
E que nunca na vida me encontrou!
Flobela Espanca
Vou... volto em outra estação...
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Farofa no Ventilador
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Não me peça para ser coerente, porque eu sou. De novo o vento veio e descobriu o meu ser.
Cada vez mais inteira, cada vez mais sozinha. Será uma tendência? Será uma escolha? Ou o destino?
Tudo aponta para um novo caminho, o que eu quero. E tudo me leva a pensar que passei minha vida conceituando um monte de nada. E o nada, acredito eu, preparou o meu ser para tudo, ou quase tudo.
Eu vou... sei que vou voltar diferente. Até outra estação!
Cada vez mais inteira, cada vez mais sozinha. Será uma tendência? Será uma escolha? Ou o destino?
Tudo aponta para um novo caminho, o que eu quero. E tudo me leva a pensar que passei minha vida conceituando um monte de nada. E o nada, acredito eu, preparou o meu ser para tudo, ou quase tudo.
Eu vou... sei que vou voltar diferente. Até outra estação!
O exílio é aqui
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Farofa no Ventilador
on 10 abril, 2008
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Estou longe de mim ou distantes estão meus pensamentos?
Sinto cheiros que não conheço, vejo cores que não são daqui e choro por não estar lá.
Me sinto exilada dentro de mim. Com meus sonhos do lado de fora só quero viver para reencontrá-los.
Sem título
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Farofa no Ventilador
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Estou num daqueles dias em que posso escrever tudo o que quiser. E não se trata de coragem. Na verdade, estou com medo. E não é medo de me expor. É medo de descobrir uma parte que eu não tinha. Ou sempre tive e esqueci e a poeira cobriu. Agora ventou. Descobri que o amor era uma história. Eu criei, contei e desencantei.
Ficou num canto, como um móvel velho do qual a gente não consegue se livrar pelo valor sentimental. Sentimento nenhum vai embora. Fica guardado, esquecido, adormecido, no canto... mas uma hora o vento descobre.
Ficou num canto, como um móvel velho do qual a gente não consegue se livrar pelo valor sentimental. Sentimento nenhum vai embora. Fica guardado, esquecido, adormecido, no canto... mas uma hora o vento descobre.
Ela me ajuda a criar fases.
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Farofa no Ventilador
on 02 abril, 2008
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Só você pra me arrancar do casulo:
"Outra fase, vire a página pra continuar escrevendo aquilo que você sonha. Que seja um novo capítulo! Que seja o livro mais bonito! te amo muito, não me desaponte. Desa - ponte... não tinha percebido que cabia outra palavra. E fale comigo sempre que precisar, sempre, a qualquer hora, tá? Beijo."
A gente vive aprendendo a atravessar essas tais pontes e deixar o outro lado por lá. Dessa ponte eu aprendi a pular e me jogar de braços abertos!!! Um sorriso e o silêncio... tempo de paz!
Dez a ponte!
"Outra fase, vire a página pra continuar escrevendo aquilo que você sonha. Que seja um novo capítulo! Que seja o livro mais bonito! te amo muito, não me desaponte. Desa - ponte... não tinha percebido que cabia outra palavra. E fale comigo sempre que precisar, sempre, a qualquer hora, tá? Beijo."
A gente vive aprendendo a atravessar essas tais pontes e deixar o outro lado por lá. Dessa ponte eu aprendi a pular e me jogar de braços abertos!!! Um sorriso e o silêncio... tempo de paz!
Dez a ponte!
Só quero liberdade de expressão
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Farofa no Ventilador
on 11 março, 2008
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Desiludida com o PT, desiludida com a política. Por que comemoram o dia 08 de março? Mais uma vez é para provar que o capitalismo é mais forte que o socialismo. E sempre foi. Nunca defendi o comunismo, mas cheguei a pensar que a massa seria beneficiada com educação. O uso desta palavra nunca fez jus ao seu sentido. E não há blocos definidos. Sempre houve interesses. A indústria bélica fatura, a farmacêutica, a cinematográfica, a de roupas... "A demência não terá fim, o sangrento pesadelo do inferno não vai parar até" que nós despertemos da embriaguez e apertemos "fraternalmente as mãos e afoguemos o coro brutal dos agitadores belicistas e o grito das hienas capitalistas". Com licença à Rosa Luxemburgo, mas mudei o "sujeito" da oração. Não se trata mais de trabalhadores, mas de todos os que se sentem oprimidos de certa forma. Homens e mulheres. Não há tempo para sufocarmos um grito de liberdade qualquer.
Deixe alguém sem comer por um dia e depois diga que pode comer o quanto agüentar. Fazem isso o tempo todo. A humanidade vive esfomeada, por isso age sem pensar. Quando tudo parece não ter solução, aparece uma "alma boa" e promete melhorar as condições de vida. Ninguém quer saber de onde ela vem, todos acreditam.
O que eu estaria escrevendo aqui se não houvesse o caos? O que contariam nos livros de história se não houvesse guerras? O que seria da literatura sem os conflitos? O ser humano pede paz e se arrepende quando só existe rotina, monotonia, igualdade! Momentos bons devem ser passageiros, ou morremos de tédio. Se não pensamos, não evoluímos.
Deixe alguém sem comer por um dia e depois diga que pode comer o quanto agüentar. Fazem isso o tempo todo. A humanidade vive esfomeada, por isso age sem pensar. Quando tudo parece não ter solução, aparece uma "alma boa" e promete melhorar as condições de vida. Ninguém quer saber de onde ela vem, todos acreditam.
O que eu estaria escrevendo aqui se não houvesse o caos? O que contariam nos livros de história se não houvesse guerras? O que seria da literatura sem os conflitos? O ser humano pede paz e se arrepende quando só existe rotina, monotonia, igualdade! Momentos bons devem ser passageiros, ou morremos de tédio. Se não pensamos, não evoluímos.
Cavo
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Farofa no Ventilador
on 07 março, 2008
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É o sonho de romper barreiras, de experimentar, de testar os limites. Vontade de me propagar, de invadir e partir.
As respostas estão nos livros; quero perguntas. Provocação, discussão e entendimento. Sem ressentimentos, temos mais o que fazer, temos muito para aprender. Não dê bandeira, estenda o pano no chão. O céu deve ter mais estrelas agora. Poderíamos ficar aqui contando quantas já morreram. Só que a vida continua pra mim. Não quero o tempo perdido, quero o tempo que ainda não perdi. Porque nunca perdi. Ganhei histórias. Vivo a vida que não imagino e sou aquilo que crio. Viver é experiência; ser é abstração. É conflito, é aberração, é loucura, é eterno, é infinito...
As respostas estão nos livros; quero perguntas. Provocação, discussão e entendimento. Sem ressentimentos, temos mais o que fazer, temos muito para aprender. Não dê bandeira, estenda o pano no chão. O céu deve ter mais estrelas agora. Poderíamos ficar aqui contando quantas já morreram. Só que a vida continua pra mim. Não quero o tempo perdido, quero o tempo que ainda não perdi. Porque nunca perdi. Ganhei histórias. Vivo a vida que não imagino e sou aquilo que crio. Viver é experiência; ser é abstração. É conflito, é aberração, é loucura, é eterno, é infinito...
Palavras
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Farofa no Ventilador
on 26 fevereiro, 2008
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Não sei se é capaz de me entender, mas de uma forma mágica todas as palavras tomaram corpo. Tornaram-se palpáveis a ponto de poder vê-las não mais como umas desconhecidas, e sim como minhas amigas. Sim! Parece que estão sentadas na minha cama, olhando minhas coisas e reparando no que eu ainda não tinha percebido.
Sempre tive uma relação muito respeitosa com as palavras, contava sempre os meus tormentos, no entanto, existia aquela distância que separa o divã do terapeuta. Será que acabou o tempo em que só falava, falava e falava?
Sempre tive uma relação muito respeitosa com as palavras, contava sempre os meus tormentos, no entanto, existia aquela distância que separa o divã do terapeuta. Será que acabou o tempo em que só falava, falava e falava?
Meu mundo
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Farofa no Ventilador
on 04 fevereiro, 2008
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Estou escutando seu coração. Seu coração está... O que parecia ser só o começo pode ser o fim. Mas pra que falar do fim? A trajetória foi a maior "viagem". Quantos começos já acabaram? quantas lágrimas vou secar sozinha? Hoje sou só perguntas. Amanhã, quem sabe, serei a resposta pra alguém. E depois, talvez volte a ser "uma hipótese não formulada no caos universal". As palavras mudaram o meu estado. Em que estado estou agora? É abissal demais.
Exposição
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Farofa no Ventilador
on 09 janeiro, 2008
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Onde isso tudo vai acabar?
É a geração da exposição! será que o templo está tão vazio assim? sim, porque o corpo deveria ser um templo. Fico pensando se aqueles panos que cobrem as mulheres do outro lado do mundo pudessem cobrir também a minha vergonha, de fazer parte dessa geração, de ter sido influenciada em algum momento por pessoas que não se importam comigo.
Tou cansada de celular, câmera, youtube... sinto falta de papéis de carta, canetas coloridas, marchinhas de carnaval, de uma blusa de lã que eu usava com uma polaina em dias muito frios... E não é nostalgia, é tristeza mesmo.
É a geração da exposição! será que o templo está tão vazio assim? sim, porque o corpo deveria ser um templo. Fico pensando se aqueles panos que cobrem as mulheres do outro lado do mundo pudessem cobrir também a minha vergonha, de fazer parte dessa geração, de ter sido influenciada em algum momento por pessoas que não se importam comigo.
Tou cansada de celular, câmera, youtube... sinto falta de papéis de carta, canetas coloridas, marchinhas de carnaval, de uma blusa de lã que eu usava com uma polaina em dias muito frios... E não é nostalgia, é tristeza mesmo.